Agradecimento a Lisandro Hubris
Eu lamento imensamente que nunca poderei agradecer pessoalmente a Lisandro Hubris por ter aberto os meus olhos e me ter feito entender o que é a religião e a verdade sobre a Bíblia. Quando eu tomei conhecimento da existência desse autor - que há tempos não publica - e do seu livro A Bíblia desmascarada, há tempos eu estava sentindo sérias dúvidas sobre as crenças religiosas que eu sempre tinha sido ensinada a crer cegamente. Mas, ao ler A Bíblia desmascarada, eu senti que escamas caíam dos meus olhos e que meu entendimento se alargava. Ler seu livro me ajudou a sair de uma masmorra e do estado de angústia e confusão mental em que eu estava. A Bíblia desmascarada me fez ver que todas as religiões não têm o menor fundamento lógico e científico e me fez contestar muitas coisas. Ao saber de mitologias mais antigas que a Bíblia que também tinham dilúvios, como a Epopeia de Gilgamesh, eu pude ver que não podia mais ter a Bíblia como a verdade absoluta. O grande Lisandro Hubris também me ajudou a ver que a história de Jó não é uma história de superação e fé, mas de puro sadismo, onde um Deus (onisciente?) faz sofrer injustamente um homem que sempre tinha sido íntegro apenas para provar a Satanás que Jó continuaria fiel mesmo que tudo lhe tivesse sido tirado. Vale também mencionar que a história de Jó é baseada no mito do justo sofredor.
O livro A Bíblia desmascarada mudou minha perspectiva sobre a vida, As histórias de Moisés e Sansão não passam de plágios de outros mitos muito mais antigos e ainda por cima podemos contestar o fato de que hoje, que seria tão fácil registrar milagres, Deus supostamente desistiu de fazê-los como os fazia tão prodigamente na Bíblia. Lisandro Hubris - que também contesta a autenticidade do sudário de Turim e da existência de Jesus - tem a temerária coragem de dizer que Jesus não é o primeiro ser divino nascido de uma virgem e ainda lança luz sobre o fato de Nossa Senhora só aparecer para católicos, não haver provas da existência de figuras como Abraão, Isaque e Jacó fora da Bíblia e que nunca houve escravidão no Egito e que, sendo o Egito uma nação tão avançada para a época, com certeza os escribas falariam sobre as sete pragas e a abertura do Mar Vermelho, reforçando que Moisés é um plágio do mito de Sargão. No final, Lisandro Hubris diz uma verdade que pode ser dolorosa: a crença religiosa pode oferecer conforto emocional e nos dar a esperança de uma recompensa após a morte, mas não melhora em nada a nossa vida.
Concluindo, Lisandro Hubris mostra como é absurdo acreditar que somos tão especiais que Deus irá alterar a lei do universo a nosso favor para satisfazer a uma vontade nossa. Enfim, a fé, por si mesma, nada faz. Todas as mudanças que forem necessárias para nossas vidas têm que ser feitas por nós mesmos. E, mesmo que você nunca possa ler minha mensagem, eu lhe digo: obrigada por tudo, Lisandro Hubris.