... E me permiti sorrir para espantar a dor
Saí do marasmo e resolvi navegar
Sem rumo, sem medo, sem medidas
Procurei na tribulação, um pouco de calmaria
Deixei o vento tocar meu rosto
O sol aquecer o corpo
Não lamentei o frio, ao contrário: agradeci
No escuro silêncio da noite, não busquei fantasmas
Mas, um clima propício para a oração
E percebi que há tempos não me visitava
Não olhava para mim mesmo
Sorri ao ver mais um fio de cabelo branco
Enquanto eu estava estagnado em minha solidão
O tempo seguiu seu curso natural...
Decidi me dar outra oportunidade
Afinal, ninguém nasceu para viver de lamúrias
Sinto até um ar de felicidade dentro de mim
Sei que tudo é passageiro,
então pedi à dor que passasse
Resolvi dobrar à direita na próxima esquina,
mandei a dor seguir em frente...
Sei que nos veremos ainda...
Mas, por hoje, sigo tranquilo e muito mais feliz
Por isso, se você está lendo este texto e acha que tudo está perdido, só tenho uma coisa a dizer:
Liberte-se, você pode...
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"Ser livre é permitir prender-se às coisas que nos fazem bem à alma, ao corpo e ao coração..."