Mataram o policial. Mataram o bandido.
... e a história se repete, para surpresa de ninguém: bandido mata policial - e culpa-se o policial, que se deixou matar pelo bandido, que é, coitadinho! vítima da sociedade; e policial mata bandido - e culpa-se o policial, que usou força desproporcional contra, pasmem! um coitadinho, vítima da sociedade.
Nestes dias, ocorreram, no Estado de São Paulo, dois eventos de impacto: a morte de um policial, assassinado por um bandido; e, uma ação policial que resultou na morte de bandidos e de menhum policial.
A inexistência de um cadáver de policial no segundo evento entristece aqueles que vêem lógica no assalto, naqueles que choram lágrimas de tristeza sempre que sabem que uma vítima da sociedade roubou, à mão armada - e seria tal arma instrumento legalizado que homens de bem alugaram aos laboriosos profissionais do ramo da justiça social anti-capitalista?! -, um detentor de privilégios burgueses e, antecipando-se de qualquer ação violenta que ele lhe poderia praticar, matou-o com um tiro na cabeça.
A inexistência de cadáver de bandido no primeiro evento é do gosto daqueles que se entristeceram ao saberem que nenhum policial morreu no segundo evento.
Há, em nossa sociedade, aqueles que apóiam policiais, pedem por maior segurança, mais rigor contra os bandidos, pelo direito de os homens de bem, em legítima defesa e em defesa de seus entes queridos e de quais pessoas sob ameaça de criminosos, lançarem mão de quaisquer meios e com quaisquer instrumentos, e aqueles que oferecem apoio incondicional aos criminosos - e tal apoio vem, não raro, sob rótulos bonitos e elegantes de justiça social, amor pelas pessoas desprivilegiadas, luta contra o grande capital e a sociedade burguesa e a odiada classe média (Odeio a classe média! Odeio a classe média! - esgoelam-se as amáveis criaturas). Cada cabeça uma sentença. E a sentença que brota da cabeça daqueles que a cloaca do capeta defecou faz um grande mal aos humanos.
Aos famíliares, parentes e amigos do policial morto por um criminoso, os meus sentimentos. Que Deus lhes conforte a alma.
Ao governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, força para seguir em sua jornada em favor de todos os homens de bem que respiram o ar do Estado de São Paulo.
Aos policiais, coragem.
Ao policial vitimado pelo seu assassino, que Deus lhe dê o céu.