Fanatismo Religioso

Muitos padres e pastores dizem: “o ímpio quer liberdade para pecar livremente, sem doutrinação religiosa em seu ouvido. Ele quer liberdade total para viver a vida sem que ninguém fique falando sermões chatos todos os dias. Ele não quer ninguém apontando o que é ‘certo’ ou ‘errado’ em sua vida. Nem quer receber ameaças sobre o inferno e o lago de fogo.”

Bom, segundo a visão de muitos religiosos, “ímpio” é aquele indivíduo que não quer um compromisso com uma instituição religiosa. É alguém que não está preocupado com as coisas espirituais, como salvação e vida eterna, por exemplo.

Porém, analisando tudo isso, a pergunta que surge é: ser ímpio é deixar de frequentar uma igreja? Desejar ser livre de amarras religiosas é ser imoral, perverso ou impuro? Só porque uma pessoa não quer fazer parte de uma determinada igreja ou religião, ela se torna, automaticamente, hostil, maligna ou abominável? Será que o valor de uma pessoa depende de uma religião?

Em 1931, o pai de Malcolm X foi brutalmente assassinado pela Ku Klux Klan; uma seita protestante, anti-católica e anti-semita, que apoiava as ideias racistas de Adolf Hitler, o ditador alemão que defendia a "supremacia branca".

Será que a dignidade de uma pessoa está atrelada a um dogma, uma doutrina, uma fé religiosa? Será que, aqueles que não querem ter suas vidas manipuladas e controladas por religiões, são seres perversos e maldosos? Só porque uma pessoa não quer frequentar uma igreja ela se torna uma terrível pecadora, condenada ao inferno? Será que não existe alguém que presta na multidão dos “desigrejados”?

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Será que, só tem algum valor, aquelas pessoas que vão à igreja? Só tem valor quem anda com uma bíblia, vinte e quatro horas por dia? Só os religiosos tem valor para Deus? Só sendo religioso, tendo um credo, é que a pessoa se torna “melhor” do que as outras que não tem religião? Será que só aquelas pessoas que escutam um padre, um pastor, um rabino, um guru, um médium ou um imã, são preciosas?

Existem bilhões de pessoas no mundo inteiro; mas só tem valor aquelas que são religiosas? Se uma pessoa decide ser livre sofre preconceito e desprezo; por que? Isso tá certo? E se ela crê em Deus, em silêncio, sem querer mostrar sua fé publicamente; não vale? E as pessoas que são boas, honestas, verdadeiras, mas não tem nenhuma religião? Será que elas precisam da “benção” do papa, para elas herdarem a vida eterna? Será que elas precisam da “aprovação” de um pastor, para alcançarem a salvação de suas almas? Não seria isso, arrogância demais, da parte dos religiosos? Não seria prepotência e muita vaidade, afirmar que uma pessoa, só porque não frequenta uma igreja, estaria perdida e condenada para sempre?

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Devemos nos lembrar que, foi forçando “conversões” que a igreja matou milhões de índios que, viviam livremente e felizes, em suas florestas; completamente afastados da civilização. Mas o homem branco, usando o nome de Deus, exterminou muitos índios, sem misericórdia. Vale lembrar que a história nos mostra que, o genocídio indígena foi praticado “em nome de Deus”. E por isso, tais religiosos estavam com a razão? Eles tinham o direito de matar homens, mulheres, e até crianças inocentes, usando o nome de Deus? Foi Deus que deu ordens para que os papas matassem milhares de pessoas, covardemente?

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Deus abençoou a “corrida do ouro” nos Estados Unidos, que resultou no massacre e extermínio de muitas tribos indígenas? Era essa a vontade de Deus? Era esse o papel da igreja? Será que entrar nas florestas e massacrar milhões de índios inocentes, forçando-os a se converterem ao cristianismo, foi uma atitude de amor ao próximo? Usar o nome de Deus e a bíblia, para legitimar vários genocídios ao longo da história, foi a vontade de Deus? Ver índias adolescentes sendo estupradas, humilhadas, machucadas e assassinadas, era mesmo a vontade de Deus? Isso fazia parte da “catequização” ou “evangelização”?

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Não importam os crimes que os religiosos cometam, o mais importante é que eles possuem uma “fé”, um “credo”, “uma religião”? É assim mesmo? Será que Deus apoiou todos os massacres contra os povos indígenas ao longo da história?

Será que Deus apoiou o extermínio dos judeus na Alemanha nazista? O que pensava Deus, vendo milhões de pessoas sendo levadas para os campos de concentração e trabalho forçado; sabendo que o destino delas seria doloroso e cruel?

Será que todo sangue derramado, “em nome de Deus”, pelos religiosos, teve o apoio dele? Será que Deus apoiava os cavaleiros templários, saindo para as batalhas para derramarem sangue, defendendo a igreja católica?

Será que Deus ficava feliz, assistindo o sofrimento de centenas de pessoas sendo torturadas nas máquinas mortíferas da Santa Inquisição Católica, na Idade Média?

Será que Deus apoiou, em 1950, a perseguição dos comunistas chineses aos budistas do Tibete? Será que Deus está feliz com o fanatismo religioso dos muçulmanos do Estado Islâmico, matando pessoas com requintes de crueldade, “em nome de Alá”? Será que Deus autorizou tais massacres e barbaridades? Deus está feliz com as guerras religiosas em várias partes do mundo?

Deus está do lado destes homens que matam pela religião? Será que os massacres na África têm o apoio de Deus?

Será que Ele está feliz com os conflitos sangrentos, entre muçulmanos palestinos e judeus, em Israel? Será que Deus está apoiando o Talibã, a Al-Qaeda, o Hamas e outros grupos terroristas islâmicos?

Os conflitos religiosos na Nigéria, na Tailândia, na índia, no Sudão, no Iraque, têm todos eles, o apoio de Deus? Será que Ele está mandando esses homens se destruírem, se matarem, por causa de suas religiões?

Analisando todas essas questões, surge a pergunta: SER RELIGIOSO É MESMO IMPORTANTE? Será que o mais importante é frequentar uma igreja, é ter uma fé, um credo, uma crença, uma religião?

Ver Sunitas e Xiitas (ambos muçulmanos), no Iraque, se matando com bombas, por causa do fanatismo religioso, é uma coisa saudável? Deus quer isso? Será que as milícias árabes do Sudão (janjaweed), estão agradando a Deus, matando várias pessoas?

Será que o grupo terrorista "Boko Haram" (estado islâmico africano), teria o apoio de Deus, para exterminarem muitas vidas? Será mesmo que, ter uma “religião”, é importante? Brigar por causa de religião é a vontade Deus para todos nós?

Matar o próximo, só porque ele não tem a nossa religião, ou não acredita no mesmo Deus em que acreditamos, é a vontade do Criador? Será mesmo que a religião é necessária para a humanidade? Quando será que esses conflitos vão chegar ao fim? Quando será que essas guerras vão acabar? Quando será que os homens vão parar de se matar, por causa de crenças religiosas?

Se, não ter religião é ser “ímpio” e “perverso”, os que matam pela religião, são o quê? Como podemos classificar aqueles que tem religião e planejam ataques terroristas? Aqueles que vivem citando "versos sagrados", mas planejam ataques contra as pessoas que não compartilham da mesma fé. Que nome podemos dar a isso? Teriam essas pessoas, o “aval de Deus”, para escolherem ou determinarem, quem vai morrer e quem vai continuar vivo?

A vida humana está nas mãos dessas pessoas fanáticas que colocam suas crenças religiosas acima de tudo? Será que todo esse fundamentalismo religioso, que só causa o mal, que só destrói, tem a aprovação de Deus?

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Junior Omni - 2022

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JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 06/09/2022
Reeditado em 11/04/2023
Código do texto: T7600082
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