Meu diário
Está declinando o Alzheimer e agravando a esquizofrenia na mulher que amo; companheira desde os idos de 1963; mãe dos meus filhos; amiga e confidente.
Por que mereço este fardo tão pesado e intolerável?
Como me desvencilhar dele se ela se recusa aos medicamentos prescritos?
Preciso de muita paciência para responder as mesmas perguntas repetidas quase que imediatamente as respondidas.
Não acredito no que vejo, nem no que escuto!
Ela não fica a sós, precisa e quer da minha companhia vinte quatro horas.
Estou me sentindo anulado.
Chico Luz.