REALIDADE
Nosso espírito, a essência de quem nós somos, as paixões que nos impulsionam, o significado por trás dessas coisas pelas quais nos sentimos apaixonados e o amor que sentimos, são coisas que existem fora de nossa realidade física. Podemos ver os recipientes dessas coisas no mundo ao nosso redor, nas coisas que criamos e naquilo que nos é caro, mas a consciência no interior destas coisas não pode se limitar aos recipientes, refletindo-os. Tudo o que podemos ver com os nossos olhos é mais profundo que sua representação e muito maior do que a forma que assume.
Embora seja fácil acreditar que nossa realidade física, nossa autoimagem e a aparência das coisas ao redor são o que as definem, devemos, também, considerar que são meramente representações e recipientes para a consciência que deseja vir à superfície.
À medida que olhamos para dentro de nós mesmos, além de nossos pensamentos e planos, mais profundamente do que quaisquer ideias conceituais de quem somos, acessando o mundo de nossas emoções mais profundas, além de nossos temores, nossos desejos e nossa inspiração, finalmente nos deparamos com um abismo, um oceano de consciência que é o oceano de onde tudo em nosso mundo emergiu: cada pessoa, cada lugar. Esse oceano está em todos os aspectos de nossa realidade.
Estamos em um estado de profunda transformação pessoal e coletiva. A consciência sob as formas que nossos olhos podem ver, está se tornando mais disponível à nossa percepção.
Enquanto processamos as camadas de traumas e dor que nos isolam de nossa profundidade e nos mantêm aprisionados em um ciclo de medo e sofrimento, estamos nos conectando ao significado mais profundo da vida, acessando valores humanos que estão em harmonia com a verdade de nosso ser e percebendo a essência de nossa consciência espiritual. E, somente ao permitir que essa consciência surja em nosso interior, estamos, então, reformulando a própria manifestação do recipiente que a contém, a identidade que encarnamos e a manifestação das estruturas que vemos ao nosso redor.
Nossa verdade interior e nossa natureza autêntica estão surgindo dentro de nós, impulsionando nossas dores para a superfície e nos pedindo permissão para que elas se curem, forçando os limites em que existimos a serem remodelados, emanando em lugares que nos esquecemos de ver e sentir. Os limites que sentimos, são os lugares que são pequenos demais para a consciência em desenvolvimento e que está pressionando. A frustração que sentimos, é a paixão de nossos sonhos querendo vir à tona.
Somos forçados a nos manter, mais do que antes, em nossos vasos humanos, a expandir as limitações e permitir que o espírito em nosso interior emane em direção à Criação manifestada, para criar uma nova realidade que seja grande o bastante para incorporar mais profundidade e espírito do que nunca.
Somos solicitados a confiar na nova forma que a nova realidade está se tornando, para permitir que as ondas da consciência mudem o recipiente que as contém.
O amor está aumentando. Não o detenha, incorpore-o!