FILHOS COM PAIS PROBLEMÁTICOS

Falta Participação

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Não é o que se dá e nem é o que se tem dentro de casa, quando falamos de filhos, falamos de participação, de presença e principalmente de comunicação. Três princípios fundamentais para que filhos e pais se encontrem diante de tantas mudanças apresentadas nos dias atuais, onde a família cada vez mais tem sido atacada e seus valores têm sido desvalorizados ou corrompidos por pensamentos que não são do lar e nem cristãos.

Um relacionamento complicado entre pais e filhos muitas vezes começa, quando um dos pais ou os dois só queriam sexo, mas não queriam ter filho. Entretanto, ele veio, a rejeição veio e agora a criança está crescendo num lar onde os pais muitas vezes não a veem como uma herança do Senhor, mas como um problema.

Sexo é para adultos e não para adolescentes, jovens ou para quem pensa que porque tem um emprego pode pagar o motel. Sexo é pra quem tem responsabilidade, já que todos sabem que uma fatalidade pode acontecer.

Gostam de sexo, mas agora que o resultado deu positivo não querem ser Pai e nem Mãe. Por isso, destratam o filho, não dão o amor necessário, a educação e a devida atenção. No entanto, adoram apresentar o filho(a) nas redes sociais com fotos sorrindo.

Para estes, realmente a vida é medida pela largura de seus atos e não pelo comprimento do que irão fazer. Pois, como serão sacerdotes, quando nunca tiveram um exemplo dentro de casa? Quando muito cedo seus pais também se separaram? Quando seus pais sumiram, quando descobriram que a menina estava grávida? Quando foram abandonados, sem nem mesmo ter conhecido os seus pais?

Ou seja, eles nunca tiveram a participação de seus pais em suas vidas, foram criados por tios, vizinhos e colegas. E quando os tinham dentro de casa e o procuravam eles os encontravam drogados, trabalhando e, às vezes, curtindo a vida já que “eles também têm direito”.

Quando olhamos para a Bíblia vemos esse pai omisso em Davi – II Sm 13 e no esposo da Sunamita que em vez de ser Pai, passa essa missão para a esposa – “E disse a seu pai: Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça! ENTÃO DISSE A UM MOÇO: LEVA-O À SUA MÃE” - 2 Reis 4:19.

Esses exemplos, adaptados de casos reais, são a consequência da união de perfis diferentes – ou semelhantes. Eu poderia ficar aqui criticando Davi e o esposo da Sunamita, mas prefiro falar de José.

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente” - Mateus 1:18-19.

Ele pensou e logo foi impedido pelo anjo, que disse: “José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” - Mateus 1:20,21.

Como ajudar a quem não quer ajuda, isso é impossível? É certo que José precisava de ajuda, que ele não estava raciocinando corretamente e que se perdera diante de uma notícia como esta.

Muitos pais não estão abandonando suas namoradas e noivas, mas o filho quando nem formado no ventre está. Quantos ao receberem a notícia de que serão Pai ou Mãe, logo pensam no aborto, esquecendo-se de que – “Antes de formá-lo no ventre Deus o escolheu; antes dele nascer, Deus o separou e o designou para ser profeta às nações" - Jeremias 1:5. Ou seja, em nenhum momento esses pais tem se importado com o que Deus estaria planejando para esta criança.

Pais entendam, quando a gente gosta de alguém, a gente está disposto a perder. E quando a gente nem conhece ainda, o que fazer? Como é o caso dos pais que nem conhece os seus filhos.

Jesus contando a parábola do Samaritano disse: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: ‘Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” “Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo” – Lc 10.30-37.

Ou seja, futuros Pais: enfaixem suas feridas, coloque o seu filho nos braços, cuide dele, gaste com ele o que for preciso, mesmo que vocês ainda nem o tenham conhecido. Façam o mesmo que o Samaritano e não fujam de suas responsabilidades! Pois, a demonstração de interesse por uma vida que você nem conhece ainda é parte fundamental para o processo de sua aprendizagem e crescimento.

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“Minhas Palavras, meu Púlpito”