Nunca pude ir a um show de rock na vida, não sei tocar uma só nota no violão, alguns dos meus artistas preferidos já morreram, o ritmo musical está em baixa no país, não sou mais aquela adolescente que usava o cordão preto com uma guitarra amarela na ponta e passei da fase de me vestir de preto da cabeça aos pés, não escrevo mais letras de música nem no solado do allstar.

Já deixei alguns 13 de julho passarem em branco, mas o rock nunca me deixou porque a questão estilística me torna cabível a um estereótipo que me adequa a um nicho onde posso expressar minha rebeldia e me sentir representada como não o sou de nenhuma outra forma porque não importa o dia, as condições climáticas ou a plataforma que me proporcione acesso ao rock, o sentimento é imutável e atemporal.

Nada pode me fazer mais ou menos roqueira do que ninguém porque tenho meu próprio jeito de amar o rock, uma história de amor com ele que ninguém pode deslegitimar ou apagar e neste dia especial quero registrar que o amor que sinto pelo rock não cabe no peito, transborda no meu viver, é aquela atitude que o mundo tenta tolher e eu resisto.

Rock é amor, diversidade, magia, cai bem com qualquer roupa, em qualquer estação do ano, em qualquer lugar do mundo, em qualquer idioma, não é modismo com prazo de validade, é o passaporte para viajar pela eternidade.
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 13/07/2018
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