Os invisíveis



No Rio de Janeiro e outras cidades grandes do Brasil, estão em toda parte. Sentam nas calçadas, por vezes exibindo membros aleijados, ou crianças pequenas. Em altos brados pedem ajuda. Outros se reúnem nas "cracolândias" e vivem uma vida sem sentido e forçosamente efêmera.
Velhinhas maltrapilhas sentam em frente a igrejas.
A maioria das pessoas passam fingindo não ver. Pessoas isoladas não podem de fato ajudar, sem contar que muitas dessas pessoas são viciadas e perigosas. Outras porém estão morrendo pelas ruas, abandonadas pela sociedade.
Seria necessário um intenso trabalho de triagem, identificação dos problemas, das razões da mendicância ou vagabundagem. Não se trata de "maquiar" a cidade para que a miséria não seja vista pelos turistas. Trata-se sim, de olhar os mendigos e pedintes como seres humanos, que não deveriam estar vivendo ao léu e ao relento, por vezes famílias inteiras com suas matalotagens na via pública, até com cachorros.
Tais pessoas são invisíveis.
Principalmente para os prefeitos e demais autoridades.