PENSAMENTOS DISPERSOS

Ao longo destes últimos dois anos, tenho mudado algumas coisas em minha vida.

Comecei percebendo que tinha que parar de me queixar. Ao invés de atribuir culpa à outras pessoas,pelo que não ia bem comigo,resolvi que era hora de assumir o papel de protagonista de minha vida e não de coadjuvante.A minha vida tem que ser vivida e decidida por mim.Isto vale para qualquer pessoa maior , adulta, responsável e com condições de se sustentar. Cada um tem que assumir suas escolhas, seus atos e suas conseqüências. Culpar os outros é dar-lhes um poder muito grande. Poder para escolher, decidir, alterar, dominar a vida e a liberdade, ambos bens inalienáveis.

Isto tem sido feito gradativamente. Aos poucos fui buscando alterar padrões de comportamento de modo a satisfazer minhas necessidades, meus anseios, para atingir meus objetivos.

Fui me desapegando de velhos conceitos para tentar viver melhor. Passei a expressar meus desejos, a me preocupar mais comigo e me dar o direito de decidir sobre minhas necessidades,sem que isso interferisse nos direitos alheios.Passei a exprimir minhas opiniões e a querer que minhas decisões fossem entendidas e respeitadas.

Em síntese, creio que passei a me respeitar, a não me sentir culpada por não deixar que invadissem um espaço que era meu, pois quem só concorda com os desejos alheios, indo contra os seus, acaba acumulando muitas tensões, o que é ruim, pois resulta em revolta ou em depressão.

Tento tentado entender o ponto de vista alheio embora isso não signifique que sempre o aceite ou que o aceite de todo, mas passei a querer o entendimento e a aceitação do meu modo de pensar, para só assim ser possível um entendimento, sem imposições inflexíveis.

Percebi que não tinha que mudar as outras pessoas. Tinha que mudar a mim e ir em busca do que queria.Com isto mostramos aos que nos cercam que as mudanças são salutares, que entrar em contato com o novo, nos renova nos revigora e nos dá novas forças.

Assim como antes, aprendemos a agir e nos comportarmos de uma maneira, podemos aprender outros comportamentos que nos façam viver e nos relacionar melhor, desde que tenhamos claro quais nossos objetivos, nossas metas, e que façamos isto sem atropelos, evoluindo a cada etapa vencida.

O caminho não é fácil, mas é gratificante. Como passamos a nos comportar diferente, também os outros se modificam.Atingir metas, realizar desejos nos torna satisfeitos, felizes, mais leves, mais realizados.Percebemos que a felicidade está no caminha percorrido e não nos outros e que a recompensa é a paz interior.