Sua Desgraça Alimenta As Minhas Crianças

O vejo entrar e um sorriso me escapa, alegra-me ver-lhe sentar a minha mesa

No mesmo instante o sirvo, és com um rei para mim.

Conto-lhe estórias o máximo divertidas;

E por diversas vezes, o vi sorrir e chorar, por perdas familiares ou financeiras

Sempre me mostrei “solidário” e novamente lhe servia.

Afaguei seu desalento, animei seu espírito, fiz se esquecer do que o entristecia.

Chama-me de amigo por essas e até deixo que fique a me dever, mas, porque mistura as coisas?

Faço meu trabalho, ganho com suas perdas e sou mais eu do que você.

Suas mágoas e fraquezas, me servem para ver o quão pequeno tu és.

A única coisa que espero, é que você seu maldito viciado, me pague no dia que combinar, pois sou apenas o dono deste lugar;

Não sou culpado por cobrar seu suicídio inconsciente, pois, da sua desgraça, alimento as minhas crianças...

Nunca pedirei desculpas, já que a fraqueza é sua e o dia em que souber quem realmente sou, será uma nova pessoa.