Prazer sem culpa
Mensagem da Luz do dia 23/08/2015 por Carla Moura Lima.
Quando somos apresentados a uma pessoa e depois de algum tipo de interação que nós parece agradável, geralmente na hora da despedida dizemos: “muito prazer em lhe conhecer”. É da nossa cultura fazer comentários como esse. Isto torna o diálogo mais agradável para ambos, ou seja, bom para quem diz, como também para quem ouve.
O mesmo tratamento dispensado a outras pessoas, deveríamos dispensar a nós mesmos. Mas será que nos dizemos: “muito prazer em me conhecer”? Independentemente do método, do momento e da motivação, considero que nossa evolução em autoconhecimento deveria ser sempre um prazer. E digo mais, será que você tem coragem de olhar para dentro de si e reconhecer, pelo menos para si mesmo o que lhe dá prazer? Caso você tenha consciência do que lhe dá prazer, você tem coragem de assumir publicamente seus gostos?
Essa reflexão parece simples, mas não é. Parece óbvio que um ser humano na idade adulta seja conhecedor da sua lista de prazeres, contudo a nossa cultura não nos estimula a assumir os nossos verdadeiros gostos. Acabamos nos confundindo com o que é socialmente aceito e não nos aceitamos de fato, especialmente quando nossas fontes de prazer não correspondem as expectativas sociais. E a nossa autoaceitação é fundamental para tornar a nossa vida interessante, uma vida que valha a pena ser vivida.
Por isso convido você a fazer quatro respirações profundas e se perguntar acerca daquilo que lhe dá prazer. Faça uma lista por escrito ou mentalmente e inicie um processo de visualização criativa. Eleja uma fonte de prazer do topo da sua lista. Não precisa contar para ninguém, apenas assuma para si mesmo que você gosta mesmo disso. “Ah, como eu gosto de ….”.
Veja-se vivenciando esse prazer em toda a sua plenitude. Qual é o gosto desse prazer? Há sensações no corpo, na pele? Há aromas específicos? Respire profundamente e se imagine inalando esses cheiros! E sons? Ouça os sons característicos desse momento. E a iluminação? É dia ou noite? Está escuro ou claro? Há cores? Quais são? Vislumbre-as em toda a sua exuberância.
E agora impregnado das sensações corporais, vasculhe a sua mente e caso haja algum resquício de culpa por gostar tanto disto, repita para si mesmo quantas vezes forem necessárias: “mesmo gostando de … eu me respeito profundamente e me aceito exatamente com eu sou”.
Aproveite esse momento para a partir de agora se oferecer um gozo multiplicado: o de se imaginar tendo prazer; o de viver o seu prazer e ainda o de se aceitar do jeitinho que você é, gostando de tudinho que você gosta.
Fique alguns instantes aí, dentro de si, aproveitando ao máximo a delícia de ser quem você é e se permitindo viver conferindo-se a aceitação e o respeito que você merece.
Beijão no seu Sagrado Coração.