O Rio de Janeiro às escuras

Nas décadas de 70 e 80 eu trabalhei na Comissão Municipal de Energia, ou CME, uma autarquia municipal do Rio de Janeiro, mais tarde transformada na atual Rioluz. Naquela época, sob a direção da então presidente, a arquiteta Capitulina Vaz, a CME desenvolvia um audacioso processo de substituição da rede da Light de iluminação pública, à bade de lâmpadas incandescentes, por uma rede de luminárias a vapor de mercúrio, muito mais eficazes.
Não sei o que aconteceu de lá para cá, hoje o que se vê é o vapor de sódio, essas luminárias amarelas que pouco iluminam e não se comparam com a luz branca, radiosa, do vapor de mercúrio. Como decorrência o Rio, uma grande metrópole, é hoje em dia uma cidade mal iluminada (mas muito bem assaltada) e as nossas ruas à noite são tenebrosas. Chegam a dar a impressão de túneis.
Não sei o que é que o sr. Prefeito Eduardo Paes pensa do assunto, se é que pensa, pois não vejo nenhum interesse em mudar a situação. O Sr. Paes é o mesmo que permite aos ônibus rodarem sem trocador, mas com ar condicionado às vezes tão exagerado que já penso em levar um cachecol na mochila, pois não quero pegar pneumonia por causa do prefeito. Aliás, saiu um boato de que ele estaria pretendendo se candidatar à presidência da república em 2018, espero não ter mais esse desgosto na vida.
E durma-se com um prefeito desses.