Apesar da paisagem poluída,
o meu espírito é de luz,
busco no meio da escuridão
algo que faça os meus olhos sorrirem!
Apesar das lágrimas que escorrem no meu rosto,
eu insisto num sorriso!
Não vai ser a vivência de uma única fase
que vai esmaecer a lembrança
de toda a glória das dificuldades que eu já venci...
Apesar das limitações que a vida me impôs,
eu sou pássaro livre que não deixa o pensamento
se aprisionar em lamentações.
Haverá sempre um horizonte a mais
para o meu interior encontrar o refúgio necessário.
Apesar da minha roupa rasgada e suja,
a minha alma está limpa,
pois dentro de mim existe o amor.
E este amor transborda pelos meus olhos,
e esta é a minha verdade...
Apesar das nuvens escuras,
os meus pés sentem um chão seguro.
O céu quando carregado,
é uma promessa de chuva.
Depois de chover o alto voltará a ficar azul.
O caminho em minha volta
estará regado pelas lágrimas do infinito.
A terra seca sofrerá transformações milagrosas;
milhares de sementes irão estourar ao nascer do sol...
O mundo necessita das nuvens melancólicas
para ter a exuberância
de uma primavera repleta de flores!
Apesar das pedras no caminho,
eu não deixo de seguir em frente.
Como alcançar o triunfo sem o passo a passo?
Como merecer a euforia de presenciar o alto da montanha
se eu nem comecei a subir?
As pedras podem ferir os meus pés,
mas jamais devem ser um motivo
para destruir os meus sonhos!
Janete Sales Dany
Todos os direitos reservados
Poesia registrada na Biblioteca Nacional
Poesia registrada na Biblioteca Nacional