A DOR DE CADA UM! Cada pessoa traz consigo uma certa dose de mistério. É o jeito de ser de cada um. São peculiaridades que tornam cada ser humano um ser único: com reações próprias, com especificidades que vão do gosto ao desgosto; do sorrir ao chorar. Na verdade, ninguém é igual a outrem, inclusive na forma de sentir sua própria dor. Existe a dor de cada um! Todos temos graus diferentes de sensibilidade. Nem sempre os que estão perto de nós entendem as razões e a intensidade de nossa dor. São sentimentos muito íntimos, são experiências muito pessoais. Aquilo que para alguns pode significar humilhação e tristeza, pode ser interpretado por outros como uma banalidade, uma tolice passageira. Os fatos da vida ganham ou perdem sentido quando afetam a nossa sensibilidade. Por isso mesmo, ainda que haja uma massificação do sofrimento, como ocorre nas tragédias coletivas, ainda assim, existirá a dor de cada um. Às vezes, numa mesma casa, sob o mesmo teto, um chora e outro ri. Ou, numa mesma cama, sob o mesmo lençol, um dorme em paz e outro agoniza. Daí, conhecer alguém em profundidade é, acima de tudo, procurar entender a voz do coração, que muitas vezes é exteriorizada pela linguagem das lágrimas. Os relacionamentos mais significativos como: marido e mulher, pais e filhos, amigos e namorados, deixam marcas profundas em nós, inclusive, de sofrimento. Toda relação positiva exige um respeito para com a dor do outro. Esse respeito se dá quando não menosprezamos as lágrimas de alguém, e procuramos entender as razões do seu sofrimento. A dor de cada um é também a maneira como, individualmente, expressamos nossas frustrações, amarguras, desencantos, perplexidades, tristezas e lamentos. É uma forma bem humana de rejeitarmos as desumanidades. É uma maneira corajosa e verdadeira de revelarmos nossa interioridade. Estranhamente, a dor é também uma espécie de combustível para a vida. Uma força que nos obriga a olhar sempre para frente, com os olhos da esperança. É o aprendizado, silencioso de quem valoriza suas próprias lágrimas. As grandes perdas, o luto, as crises agudas, as enfermidades, o término de relacionamentos, as ingratidões, as tragédias, enfim, as experiências dolorosas da vida, acabam injetando em nós vontade de viver, desejo de superação. É a dor como semente de vida. Na experiência da dor, Deus se revela como amigo fiel, trazendo consolo, proteção e fortaleza. Ele é o socorro bem presente na angústia . Por ser o Pai de todos, Ele está sempre presente na dor de cada um! Pr. Estevam Fernandes de Oliveira Apesar de ser eu uma pessoa "praticante" da fé católica, não vejo problema algum em publicar uma mensagem de um pastor evangélico, que poderia também pertencer à outra denominação ou igreja. O mais importante é o conteúdo aqui exposto, que acredito servir para qualquer pessoa. Boa tarde! Abraços de luz e carinho! Ísis |