O CORVO E O POVO
No olho do tufão tem um corvo...
Querendo arrasar com o povo...
Nem o frio do meio-dia dos desertos
Ou, ainda, o calor escaldante dos polos
Afugentará esta ave-da-morte
Que quer escravizar sua corte...
Rival do alvo pombo celeste
O Pássaro de ébano...
Aniquilará o lar-humano!
Sob a enorme Lua-de-sangue
Deixará o povo exangue...
Quando o mar se revoltar
Numa noite gélida
Cumprir-se-á, o caminhar desta estrada!
O Rubro Coche gigantesco e grosseiro
Aguarda na vizinhança... sorrateiro, atasqueiro e casqueiro!
A chegada da legião dos quatro cavaleiros
Onde, entoaram trombetas do infortúnio!
Sua chegada, fora previamente anunciada
Sob um “madeiro infamante”
Gritou... e avisou... o Dono do horizonte!
O Povo sufoca pelas suas próprias toxinas
Lançadas ao ar, a milênios... nas fainas...
Com o imaterial Inerte... nada faz!
Vive aos espetáculos... cuja Alma, não traz mais!...
Diante da tormenta do corvo
Jaz... um povo!
O abrigo é o altíssimo patamar!
A casa dos refugiados... que sabem amar!
Das três indumentárias...
Somente duas...
Sobrarão!
Àquelas... que ostentam:
A verdadeira vida e a nobreza do coração!