O CORVO E O POVO

No olho do tufão tem um corvo...

Querendo arrasar com o povo...

Nem o frio do meio-dia dos desertos

Ou, ainda, o calor escaldante dos polos

Afugentará esta ave-da-morte

Que quer escravizar sua corte...

Rival do alvo pombo celeste

O Pássaro de ébano...

Aniquilará o lar-humano!

Sob a enorme Lua-de-sangue

Deixará o povo exangue...

Quando o mar se revoltar

Numa noite gélida

Cumprir-se-á, o caminhar desta estrada!

O Rubro Coche gigantesco e grosseiro

Aguarda na vizinhança... sorrateiro, atasqueiro e casqueiro!

A chegada da legião dos quatro cavaleiros

Onde, entoaram trombetas do infortúnio!

Sua chegada, fora previamente anunciada

Sob um “madeiro infamante”

Gritou... e avisou... o Dono do horizonte!

O Povo sufoca pelas suas próprias toxinas

Lançadas ao ar, a milênios... nas fainas...

Com o imaterial Inerte... nada faz!

Vive aos espetáculos... cuja Alma, não traz mais!...

Diante da tormenta do corvo

Jaz... um povo!

O abrigo é o altíssimo patamar!

A casa dos refugiados... que sabem amar!

Das três indumentárias...

Somente duas...

Sobrarão!

Àquelas... que ostentam:

A verdadeira vida e a nobreza do coração!

Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão em 20/08/2013
Reeditado em 22/08/2013
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