"Despreconceituando"

A pergunta é: tenho preconceito com quem? Homossexuais, negros, deficientes físicos ou mendigos? A resposta é evidente: meu preconceito vai para os preconceituosos. Os que não entendem que o amor não se escolhe, se sente. Os que tentam tomar conta das opções sexuais dos outros. Brancos nojentos que se afastam de alguém por causa da pele escura. Esses deveriam sentir nojo de si próprios, porque por baixo da nossa carne e por dentro temos a prova de que não deveria haver distinção. A humanidade está nas nossas veias, no nosso sangue.

O histórico continua: tratamos indivíduos que possuem uma doença grave com pura pena e não é de piedade que eles precisam. Só querem direitos iguais, querem ser observados como seres capazes e esforçados. E infelizmente, fazemos distinções de tudo, até da quantidade de dinheiro no poder de uma família.

Alguns oram pelos necessitados, outros jogam moedinhas na rua. Não é ruim, talvez seja um pequeno ato de caridade. De qualquer forma, passamos novamente por desinformados. Estamos tão preocupados com nosso status que esquecemos que os viventes da miséria não querem rios de dinheiros e sim se tornar cidadãos. Tirar seus documentos, enviar seus filhos para escolas dignas, ter a chance de obter um emprego justo porque sentem medo de acordar no outro dia sem ter o que comer.

Claro, claro. Esse papel foi dado aos políticos, afinal pagamos impostos em tudo que obtemos. E os atos desumanos começam. Todos eles trabalhando demais para manter as aparências, para que daqui a alguns anos turistas venham aqui e apreciem as capitais do nosso país. E o interior, fica esquecido. E quando esses jogos esportivos acabarem, as coisas irão desabar. A situação vai piorar, porque eles realmente não se importam, fingem. E mentem para nós. Porque esse tal de preconceito é um dos maiores responsáveis pela decadência mundial, espalhando discórdia por todos os cantos. Conclusão: como nada se acerta, tudo termina em conflito… Puft. Estamos fadados a nossa autodestruição.