Alguém quer comer internet em todas as refeições? Ou respirar ouro ao invés de oxigênio?
O consumismo é predominante. Tá todo mundo louco por um iphone, ipad, inãoseioque… Sabemos que daqui a alguns anos até mesmo os cadernos escolares serão digitais. Com internet e tudo. Acontece que ninguém vai querer estudar. E sem estudo, não aprendemos.
Talvez até mesmo os shoppings não estarão lotados, porque as pessoas vão estar ocupadas demais mexendo em seus celulares de última geração. O cinema de lá não vai servir pra nada, afinal, as televisão atuais estão perto de ser tão grandes quanto uma tela de cinema. Nem pra ver algo em 3D sairão de casa, já existem televisões que fazem isso.
O computador pessoal daqui a pouco será uma invenção antiquada, que todos dispensarão. Amigos conversarão por mensagens de texto, mesmo estando em frente um do outro. Animais terão de dar um jeito de viver sem sua pele natural ou vão ser extintos, porque tem gente que acha que é chique sair pela rua com a porcaria de um casaco com pele de cobra, de onça, de vaca… De tudo que é bicho.
O ouro e a prata pra mim não passam de algo bonitinho. Mesmo que eu tivesse muito dinheiro, não iria me satisfazer com qualquer pedra preciosa. Eu ainda prefiro o carinho. A conversa cara a cara, o básico amor com amizade e um simples abraço cotidiano. As bijuterias da loja de 1,99. O caderno com folhas naturais, a lapiseira infeliz que sempre quebra a ponta do grafite quando eu mais preciso. Calor humano, contato físico.
Sinto tanto não poder estar perto de quem mora longe de mim… Mas é que hoje nem quem está perto parece estar ao seu lado. É um futuro cheio de frieza e impessoalidade. Onde iremos parecer robôs comandados pela tecnologia. A tecnologia vai passar a ser gente. E nós? Ah, coitado de nós. Do jeito que tá, sempre pode piorar. Bem-vindos a sociedade do consumo. Onde os sentimentos não valem nada e o dinheiro, um simples papel idiota, vale tudo.