Leis de Deus
Há momentos em que alguma decisão transgride a força maior que é o amor divino.
Violência consciente contra si mesmo sempre fere a lei de Deus.
Quase imperdoável.
Porém, há misericórdia, justiça e amor nas obras de Deus. Nisso não há o que se questionar
A pedra milenar, usada sempre para pavimentar a estrada tortuosa também pode ser talhada e se moldar ao reto caminho da lei superior, não pode?
A outra opção seria, o descumprimento reiterado da lei sob o benefício da dúvida da compreensão e do perdão onisciente.
Contou-me um bom e amado amigo que a isto não se chama arrependimento. Tem qualquer outro nome, arrependimento, não.
Concordo com ele.
Opção. Eis o velho e bom questionamento sobre o arbítrio, sobre a ciência do bem e do mal.
Transformar o papel liso e limpo em uma boa matriz para escrita é fácil. Já o jornal amassado, lido, relido e refutado, esta é outra história.
Tenho observado um momento de transformação. Uma luta interna gigantesca entre a crença, a fé, a palavra mal dita e a palavra de construção.
Eis a batalha entre luz e trevas.
Seu guerreiro? Gigante. Pequeno apenas diante das dúvidas que tem sobre si mesmo.
Também tenho meditado sobre a fala do Cristo na cruz, quando, na infinita compreensão do arrependimento pela medicocridade dos atos humanos disse ao ladrão que o olhava suplicante: "em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso".
Enfim, tenho observado muitas coisas, dentre elas, minha pequenez diante de tanto aprendizado que tem sido me mostrado.
Vou seguindo, vou pavimentando a estrada com a retidão da pedra bruta que a cada dia se torna polida sob meus olhos. Uma benção a ser celebrada.
Eu?
Mera observadora, infinitamente grata pelo milagre que Deus opera todos os dias.