O destino dos profanos (sobre o BBB)
"Tiago e João, vendo isto, disseram:
Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? "
Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? "
Lucas 9:54
Antes de começar a argumentar, deixo bem claro algumas coisas:
1) Este texto é para os evangélicos. Se você não é, não precisa continuar lendo. Mas, se quiser conhecer o que penso sobre o BBB e os cristãos, bem-vindo.
2) Não gosto nem um pouco do BBB, e gostaria, sim, de que os programas na TV fossem bem mais interessantes à nossa inteligência e mais respeitosos com minha família.
3) Não sou nenhum "santarrão", mas procuro melhorar a cada dia.
4) As opiniões são minhas. Podem discordar à vontade, mas por favor, nada de ofensas.
Agora, vamos ao que quero comentar:
Tenho visto no Facebook algumas campanhas ferrenhas contra o programa Big Brother Brasil. Não só entre os evangélicos, a indignação é geral. A campanha é para que se tire o programa do ar. Enquanto os intelectuais advertem o lado "imbecibilizante", outros, a falta de conteúdo, nós, evangélicos, e outros segmentos cristãos, insistimos em falar da degradação do programa, dos péssimos exemplos dos moradores da casa, da afronta à família que ainda zela pelos bons costumes.
Ah, então vamos deixar aquele pessoal imoral naquela TV promíscua como estão? É um acinte à família cristã! A moral e os bons costumes no Brasil estão perdidos por causa desses reality shows!
Não, não vamos deixar como está. Mas, digo com tudo isso que estamos só na metade da atitude. Queremos aos cântaros que se tire o programa do ar, que os que estão na casa do BBB tomem vergonha na cara, que a Globo vá à falência, etc e tal...
Aham... mas o principal, mesmo, que deveríamos estar fazendo, ainda não ouvi ninguém dizer. NÃO ESTOU DIZENDO QUE NINGUÉM FEZ, mas que EU NÃO VI AINDA NINGUÉM FAZER, nem postar no Facebook. Nem eu mesmo: orar pelos participantes do programa.
Lembro agora de uma pregação na qual um pastor falou sobre um irmão aborrecido com o vizinho "não irmão" que só escutava música mundana e com o som bem alto. O irmão, todo convicto da sua fé, falou:
"Ah, eu já fiz minha oração: pedi pra Deus acabar com aquele aparelho".
Hunf, porque não fez o pedido certo? Atira no alvo, criatura. O pastor disse pro homem orar, sim, para o vizinho se converter e ouvir os louvores da igreja, com o som moderado. Oração que dá prejuizo não dá lucro.
Estamos iguais àquele irmão: orando para o aparelho quebrar, em vez de orar para o vizinho mudar de rumo. Quem de nós, afoitos pela retirada do programa do ar, já dedicou pelo menos uma hora de oração e jejum pelas vidas que estão lá? Não sentimos um pingo de vontade de fazer isso.
Aqueles que estiverem sem pecado, atirem logo. São "meus heróóóóóis"!
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(Será que alguém gostou? Xí, evaporei!).