RAMERRÃO
"A HISTÓRIA DA HUMANIDADE COM RARÍSSIMAS EXCESSÕES NÃO PALMILHA O SOLO EM QUE RESIDE A MORALIDADE"
( JOACHIM FEST)
RAMERRÃO/PRELÚDIO
Na solidão estrutural
as relações sexualizadas
se apresentam poderosas,majestáticas
formalizando retalhos de sonhos repletos de urgências
criando licença para perigosas clássicas/sagas utopias
linha mestra de paradoxais fobias, vicinais patéticas vacinas
de semem,suor, ansiedades,naftalinas e muitas , mas muitas lagrimas.
RAMERRÃO/ÁPICE
Ao inventarem para si
passados mais do que limpos
certos núcleos rítmicos se afinam
na custódia de fantasiosos mitos
sincronismos de ritos em lixos semânticos
nas descendências, educação,casamento, profissão
por onde jeitos, repletos de crassos profundos segredos
endossam seculares enredos ,medos tácitamente ibernados
em teatros pantomímicos de envólucros crônicos contemporâneos
dosadores de pântanos de insalubres líquidos ácidos, aminióticos
gestando fetos acessórios de vermes ,répteis e corpulentos ratos
que disputam pela vida nesse espaço a nado,nervoso lado a lado
o ventre,o colo,o reto,de lépidos deuses mais que mancomunados
por eles mesmos criados pela necessidade de perdões inconfessáveis.
RAMERRÃO/GRAN FINALE
Nas crônicas de certos desesperos
o ensejo das angustias profundas
dores na alma,no plexo,no sexo,nas juntas
chagas oriundas das mais variadas verdades incômodas
espalhadas por zonas de assentamentos antropofágicos
demarcados por seus marcos trágicos e lógicas agressivas
homologando perfídias em casulos de capsiosos esteriótipos
esses sim,prumos concretos, crepúsculo da morte em mini épicos
formalizando rachas que confirmam um cinismo lírico,íntimo bandido
de cada indivíduo dessa sociedade soberba pretensamente humana
recheiada de revestimentos falsos pelo excesso tático de propaganda
destruindo enfim a si mesma, sina louca, patológica,moribunda,vesga,
em seus grotões de hierarquias,corrupção e desenfreado consumismo.