CANCIONEIRO
CANCIONEIRO
Velhas notas,
Sons acabrunhados e melancólicos se fazem ouvir.
Canções tristes são tocadas.
Esse jeito de dançarem juntos e sozinhos,
Nesse mundo difícil,
Só mesmo quando chegar
Nessa vida danada,
O presente de Deus.
Ainda bem que o cancioneiro já sabe das falcatruas.
Ele precisa quebrar as barreiras da maldade,
Lutar pela igualdade,
Só assim terá clareza do presente de Deus.
Arrasta o pé para cá, leva para lá,
Assim ele vai caminhando e dançando
O jeito de ser e de viver a pobreza e o sofrimento.
Humildade e pobreza caminhando lado-a-lado.
Uma sempre olhando para a outra e dando um toque de fervor.
Velhas notas vão surgindo,
Sons acabrunhados começam a se despontar.
As canções começam a cheirar esperança.
É hora de lutar pelo que é do cancioneiro,
É hora de lutar pelos sonhos sonhados, esperados...
De fazer canções que fala da realidade
E não apenas da intimidade e do emocional.
O dia está chegando,
O turvo da grande noite está para passar.
Em pé ele deve sentir a luz do sol nascer,
E vai à luta!
Acácio