CANCIONEIRO

CANCIONEIRO

Velhas notas,

Sons acabrunhados e melancólicos se fazem ouvir.

Canções tristes são tocadas.

Esse jeito de dançarem juntos e sozinhos,

Nesse mundo difícil,

Só mesmo quando chegar

Nessa vida danada,

O presente de Deus.

Ainda bem que o cancioneiro já sabe das falcatruas.

Ele precisa quebrar as barreiras da maldade,

Lutar pela igualdade,

Só assim terá clareza do presente de Deus.

Arrasta o pé para cá, leva para lá,

Assim ele vai caminhando e dançando

O jeito de ser e de viver a pobreza e o sofrimento.

Humildade e pobreza caminhando lado-a-lado.

Uma sempre olhando para a outra e dando um toque de fervor.

Velhas notas vão surgindo,

Sons acabrunhados começam a se despontar.

As canções começam a cheirar esperança.

É hora de lutar pelo que é do cancioneiro,

É hora de lutar pelos sonhos sonhados, esperados...

De fazer canções que fala da realidade

E não apenas da intimidade e do emocional.

O dia está chegando,

O turvo da grande noite está para passar.

Em pé ele deve sentir a luz do sol nascer,

E vai à luta!

Acácio

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 22/11/2006
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