Amor, beijos e abraços aos nossos pequeninos.
Falei acenando meio desconfiado, para um homem bem vestido e apressado, seu doutor... Preciso lhe falar, pare um pouco prá nós prosear,... Veio meio assustado e eu acho que veio por que tinha muita gente olhando, sorrio meio desconfiado e sussurrou bem baixo e aborrecido, fale logo que eu não tenho muito tempo, vá logo desembuchando.
... Levantei a aba do chapéu, meu sorriso escancarei; calmo moço não vou lhe pedir dinheiro nem vou te abraçar pra não te tirar o cheiro, quero apenas que digas se sábio o senhor é; porque corre uma lagrima dos olhos se não se deu uma pisa e nem se sente nenhuma dor?
... Mas que besteira é esta? Seu jeca ignorante, não vês que não tenho tempo pra este tipo de estupidez!
... Calmo seu doutor, já lhe adiantei que não quero brigar e nem minha intenção é de lhe atrapalhar, antes quero te ajudar, ao que ainda não viste enxergar!
... Que palavreado maluco é este? vá logo e conclua o que quer dizer!
... O que o senhor faria, se não te ouvissem, se não te abraçassem, se nem ao menos te olhassem?
- vou responder pra deixares de me amolar, eu ficaria triste, eu me aborreceria e talvez até brigasse.
É seu doutor, parece que vamos nos entender; mais uma vez vou lhe perguntar, e se sábio o senhor é me responda sem demorar; porque corre uma lagrima dos olhos se não se deu uma pisa e nem se sente nenhuma dor?
- não consigo entender?
- se fossares a mente, verás que nesta manhã viste correr uma lagrima quente,...
- Lagrima, mas que lagrima?...
- fechando os olhos o moço; vi uma lagrima correr, respirando fundo, sorriu meio envergonhado, abriu lentamente os olhos e enquanto abria, sussurrou: meu filho me perdoe! me agradeceu e me abraçou, voltou para casa correndo e a seu pequenino filho abraçou e beijou.
A todos os meus leitores, deixo aqui o meu recado; os nossos pequeninos não só necessitam comer, a nossa obrigação que seja os alimentar, mas o nosso prazer seja: amar, abraçar e beijar.