Catequese aos católicos.

CATEQUESE AOS CATÓLICOS.

Texto de Honorato Ribeiro.

Para o tempo pascal.

A partir do século XX, houve um fenômeno de exclusão de muita gente que se dizia ser católico mudando-se de igreja. Será que era mesmo católico? Será que conhecia profundamente os ensinamentos catequéticos e seus preceitos rituais litúrgicos da Igreja? Ou somente aprendeu o catecismo em tempo de criança e cresceu com a catequese de criança, indo à igreja assistir à santa missa sem saber nada de sua liturgia? Será que lia a Bíblia e sabia a importância de entender a palavra de Deus e por em prática? Digamos que essas pessoas nunca souberam o dever e como viver como cristão. Nunca leram a Bíblia, pois, entre católicos poucos são os que leem a Bíblia e poucos são os que a têm. Quando têm usam como um talismã: Aberta nos salmos a deixar que a poeira a corroa. Afirmam os que hoje são evangélicos: “Eu hoje me encontrei com Cristo, pois eu era católico vivia cego sem saber de nada. Hoje eu leio a Bíblia e estou salvo”. Tudo bem, ótimo, pois agora conhece a palavra de Deus lendo de seu jeito a Bíblia. Mas peço-lhes duas coisas para ser cristão: Primeiro ser humilde e não arrogante atirando bala a toda direção com uma ação anticristã sentando no trono como se fosse Deus e afirmar: Esse vai para o céu, porque saiu da Igreja católica; aquele vai para o inferno porque é católico adorador de ídolos. Segundo, é afirmar que era católico sem entender de nada sobre a doutrina católica; não foi catequizado e sem entender nada sobre rituais e liturgia. Afirmo, coerentemente, que não posso generalizar, pois conheço muitos que respeitam a liberdade religiosa de qualquer um e não julga ninguém atirando pedra como um fariseu. Tenho muitos pastores e evangélicos que são meus amigos e que não são fanáticos e respeitam outras religiões sem fazerem críticas julgando quem não pertence às suas igrejas. Há, também, católicos que são radicais e criticam, julgam, condenam os que não são católicos. Esses de ecumenismo e de catolicismo não sabem de nada. E dependuram o terço na cabine do carro sem saberem rezar, apenas como talismã. Usam a religião com ideia supersticiosa ou fetichismo.

Agora eu vou falar sobre catequese aos católicos. Para ser católico da Igreja Católica Apostólica Romana, com sua sede no Vaticano, sendo o vigário de Cristo e sucessor de Pedro, está representado pela Sua Santidade o Papa Bento XVI. É o chefe espiritual da igreja peregrina aqui na terra: Povo de Deus. Ele é o pastor infalível quando ensina a doutrina cristã que são os ensinamentos de Jesus escritos no Novo Testamento. Toda Escritura, a Bíblia é a palavra de Deus à humanidade. O Antigo Testamento é um livro Sagrado, pedagógico em preparação para vinda do Messias. Ele nos conta a historicidade de Cristo que falava aos profetas até a sua morte e ressurreição. Toda a Bíblia é um livro histórico teológico que se concentra num ponto central e pedra fundamental na Igreja Universal que é Jesus Cristo. Por Ele todas as coisas foram feitas. Por Ele todos nós fomos salvos pela sua ressurreição. Ele é a Igreja que veio nos salvar. Jesus é a pedra fundamental da Igreja. Ele, antes de sua Paixão e morte de cruz e Ressurreição, celebrou com os apóstolos a páscoa: Celebração eucarística transformando o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue. Esse grande milagre, esse grande acontecimento foi a primeira missa, ou celebração eucarística que Jesus realizou junto aos apóstolos e disse Jesus. “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança derramado por todos em remissão dos pecados.” (Mt 26, 26-28). A Igreja continua essa celebração eucarística. “Fazei isso em memória de mim...Eis que estarei convosco até a consumação do século”. Por isso a igreja celebra essa ceia do Senhor todos os dias.

Agora iremos explicar o que é liturgia eucarística. A Igreja Católica Apostólica Romana, desde os primórdios dos tempos, continua a celebração eucarística, que é a transubstanciação do pão no corpo de Jesus e o vinho no seu sangue. O padre, bispos, arcebispos e papa continuam celebrando com toda comunidade de fieis a mesma celebração que Jesus celebrou na última ceia. A Nova Aliança que será derramado por vós e por todos em remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim. Quem celebra realmente a missa ou celebração eucarística é Jesus representado por um sacerdote. Jesus é o holocausto imolado incruentemente no altar oferecendo ao Pai para a remissão dos pecados de toda a humanidade. A celebração eucarística, embora a igreja por tradição ou costume, celebra para as almas do purgatório, para um santo qualquer, missa de corpo presente, mas, verdadeiramente a celebração eucarística é unicamente Jesus se entregando ao Pai, imolado no altar, ofertando seu corpo ressuscitado gloriosamente para a remissão dos pecados da humanidade. Somente Ele é quem a celebração eucarística é celebrada e ofertada e mais a ninguém. O altar é a mesa do sacrifício incruento da cruz. Jesus é imolado como holocausto ofertando ao Pai para a remissão dos pecados. Para haver celebração terá de está presente a comunidade, pois não é o padre que celebra ou o celebrante, mas o padre e toda a comunidade. Mas a maioria dos católicos não sabe o significado da missa e nem sabe distinguir entre missa e culto; nem sabe que a celebração eucarística é celebrada somente com o padre e a comunidade que também é a celebrante. Por não saber, diz: “Foi padre fulano quem celebrou a missa”. Ignora que ele também é o celebrante. Outros, bem pobre de doutrina, dizem após o culto por um leigo: “Quem celebrou a missa hoje foi o seminarista fulano; foi o diácono fulano”. Não sabem distinguir o que é culto e o que é missa e nem quando é que começa a celebração da missa, pois essa se inicia com a liturgia da palavra, que são as leituras: uma do Antigo Testamento e a outra de uma epístola, na maioria as de São Paulo. Depois das duas leituras o diácono ou o padre ler o evangelho, que depois de lido é feito a homilia, que somente o padre poderá fazê-la. Depois segue-se a liturgia Eucarística. Já no culto não. Todas as leituras são feitas pelos leigos e a homilia também. No culto não há consagração do pão e vinho. Quem não fez ou recebeu uma catequese sobre a liturgia eucarística e os sete sacramentos deixados por Jesus: Batismo, crisma, eucaristia, confissão, unção aos enfermos, ordem e matrimônio não pode dizer ou afirmar: “Fui católico”. (Entre aspas). De católico nunca foi e nunca entendeu de nada porque não foi catequizado. Apenas ia à igreja, mas nunca leu a Bíblia e ignorava a doutrina catequética da Igreja Católica.

O que é LECIONÁRIOS? Você que diz ser católico e até praticante sabe o que é LECIONÁRIO? Ele é um livro litúrgico que está escrito o que tem na Bíblia. São as leituras litúrgicas que são selecionadas cuidadosamente para as celebrações de um Batizado, uma Crisma, um Casamento, uma Eucaristia, uma Ordenação, uma Bênção, etc. Que são os sacramentos ministrados pela igreja por um presbítero.

“Na liturgia romana há cinco Lecionários, mas as igrejas usam somente dois na sua liturgia anual nas celebrações eucarísticas. São o lecionários dominical e festivo, que são usados durante três anos: Ano A, B e C. Durante esses três anos. O ano A se faz a leitura do evangelho de São Mateus; no ano B, é lido o evangelho de São Marcos e Lucas é no ano C; e o evangelho de São João é reservado para ser proclamado no Natal, na quaresma e no tempo pascal. Oferece três leituras, uma do Novo Testamento ou apóstolo, e o Evangelho. Há sempre um nexo temático entre o Evangelho e as outras duas leituras, de tal modo que se perceba que toda a Bíblia converge para os Evangelhos, como ponto de encontro com Jesus.”E o lecionário ferial é lido nas celebrações semanais. Nas semanas só há duas leituras: uma epístola e o evangelho do dia. Mas tudo são textos bíblicos. Também é lido um salmo antes da liturgia eucarística.

Para que haja missa ou celebração eucarística é preciso que tenham: O altar, o cálice, a patena, instrumento sagrado em forma de pratinho de metal dourado, que serve para cobrir o cálice e colocar a hóstia já consagrada. O corporal: é um pano de linho o qual o sacerdote estende no altar nele é colocado a hóstia e o cálice. Pala é um instrumento sagrado, quadriculado, revestido de pano de linho onde o sacerdote cobre o cálice. Galhetas são dois pequenos vasos que contêm um a água e o outro o vinho para a celebração. Lecionário: já explicamos acima. Manustégio é uma toalha de linho para o sacerdote purificar as mãos. Missal é o livro onde está escrito a palavra de Deus e sua liturgia. Teca é um pequeno instrumento sagrado onde é colocado hóstias para levar aos doente; ou pelo sacerdote, diácono ou ministros da eucaristia. Ambão é uma estante de madeira que é colocado ao lado do altar onde é lido a palavra de Deus e simboliza o sepulcro vazio de Jesus, onde parte o anúncio da Boa Nova e a Ressurreição de Jesus. Há também, nas celebrações de missas festivas, o ostensório ou custódia onde é colocado a hóstia da celebração eucarística, o Santíssimo Sacramento exposto para a adoração dos fieis. Nessas missas festivas há o turíbulo um vaso de tampa suspenso por correntes, que coloca brasas acesas para ser colocado o incenso: resina aromática, que exala fumaça para os céus, quando o sacerdote incensa ao redor do altar. Um dos magos ofereceu ao menino Jesus, quando Ele nasceu em Belém. Após a consagração, Jesus está presente de corpo e alma na hóstia. Todos os fieis poderão comungar, exceto que cometeu adultério ou pecado mortal. Terá que confessar individualmente com o sacerdote. É um dos sete sacramentos: Penitência ou confissão. Só depois de se confessar poderá comungar. Também quem não fez a primeira comunhão terá de haver uma preparação catequética para comungar. Hoje a igreja dá cursos para a primeira comunhão, para o batismo, pais e padrinhos, para a crisma e para o matrimônio. A igreja exorta todos os católicos que só poderá ser padrinho ou madrinha quem é casado e não vive em adultério, isto é, separou-se da mulher ou a mulher do marido vivendo com outra, não poderão ser padrinho e madrinha. O casamento religioso é indissolúvel.. “Jesus respondeu: no princípio da criação, Deus fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois, não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu.” (Mc 10, 6-9). Se por acaso um morrer, ficar viúvo um dos dois, está livre para um novo matrimônio. É essa a doutrina da fé e da moral cristã. As igrejas evangélicas como não há sacramento nenhum não têm essa doutrinação. Todos os sete sacramentos foram abolidos por Lutero, o criador do protestantismo, por isso as igrejas protestantes não têm esses sacramentos. Existem o batismo, que é o de João Batista, não é sacramento, como também o matrimônio e a consagração do pão e o vinho, que para essas igrejas não são sacramentos e sim simbolismo apenas. Por isso, nessas igrejas poderão casar-se várias vezes; é como o casamento civil, que depois do divórcio poderá se casar novamente. Para a Igreja Católica o casamento é indissolúvel. (Mc 10, 2-9).

hagaribeiro. 25-04-2011.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 25/04/2011
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