O que começa em nós, termina também em nós!

Tudo o que começa em nós, sem sombra alguma de dúvida termina em nós. A maldade ofertada ao próximo, tanto quando a alegria, tudo isso nos volta de certa maneira. E é esse o arremate da vida, fios de linha que se entremeiam, rolos que dão voltas e mais voltas e sempre voltam ao ponto de onde partiram.

Quando tramamos contra o outro, estamos na realidade arrematando nosso destino, dando forma a nossa costura, e audaciosos ainda nos queixamos do corte, sem mal percebermos dentro de nossas artimanhas que somos nós o molde.

Tudo o que atinge o outro de uma maneira negativa rouba nos o sentido de existir. Não podemos subir atirando pedras, mas podemos construir a nossa escada com as pedras que nos atiram. Foi assim com Jesus, que é o centro de toda justiça, que é a vida e toda redenção.

Jesus não viveu de supérfluos, o que nos faz pensar que felicidade só é possível se tivermos aquilo que nem é tão necessário assim? Se pousarmos nossos olhos naquilo que verdadeiramente pode nos fazer repletos, então perceberemos sem dificuldade alguma, que a real felicidade não pertence a este mundo. Aqui colhemos a nossa cota de dores e sofrimentos, experimentamos a humilhação e toda a insignificância que há em humilhar, apontar, julgar ou proferir em desfavor do outro.

A vida não é um jogo, Deus não fez apostas conosco, ele simplesmente nos plantou para o bem, e quando chegar a hora de nos colher, não caberá a ele a responsabilidade do amargor dos frutos.

Cuidemos do regar das nossas palavras, do regar de nossas atitudes, dos gestos mais simples que tivermos em relação ao outro. Cuidemos daquilo com que nos alimentamos espiritualmente, para mais tarde entre lágrimas, no lugar de raízes vermos tão somente o buraco, oco e vazio que outrora abrigou a semente.

Laisa Mattos
Enviado por Laisa Mattos em 08/04/2011
Código do texto: T2896268
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