Os Santos Mártires.

OS SANTOS MÁRTIRES.

Texto de Honorato Ribeiro.

Jesus nasceu na cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi; Belém estava cheia de gente para fazer o recenseamento decretado por César Augusto. Não havendo hospedaria, José e Maria abrigaram-se na periferia da cidade, lugar onde ficavam os bois, curral. Ali se abrigaram e Maria deu à luz o Filho de Deus e o colocou numa manjedoura, espécie de cocho onde os animais comiam. Foi esse o berço de Jesus.

(Lc 2, 1-21). Voltaram para Nazaré. Nazaré era a cidade mais paupérrima da judéia. José, Maria e Jesus pertenciam a uma classe mais pobre, chamada de Anauin, pois desprezava o acúmulo de bens materiais.

Jesus, ao completar 30 anos de idade, escolheu jovens, na maioria pescador, para ser seus discípulos. Antes dos 30 anos, Ele viveu trabalhando de carpinteiro junto de José, esposo de Maria, pai putativo de Jesus. Depois que foi batizado no Rio Jordão por João Batista, Foi penitenciar; partiu para anunciar a Boa Nova acompanhado de seus discípulos e apóstolos indo de povoados em povoados, aldeias ensinando uma nova vida de conversão e obediência a Deus. Não trabalhou mais na arte de carpinteiro. A maior parte de sua vida foi em Cafarnaum onde Pedro morava. Os seus ensinamentos é uma controvérsia a quem ama esse mundo material. O maior ensinamento que Ele pronunciou foi o Sermão da Montanha, também conhecido por As Bem-aventuranças. Nela, Jesus afirma que bem-aventurados são:

“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, por que deles é o Reino dos céus!”

Coração de pobre que não tem ambição pelas coisas materiais, é alegre e solidário aos outros. Não é agarrado às coisas desse mundo; segue no caminho da cruz que é deixar tudo e se desprender de si mesmo para viver como Jesus viveu: “O Filho do Homem não tem sequer uma pedra para declinar a cabeça”...(Mt 19, 20). Filho do Homem celestial. “Um homem que ultrapassa misteriosamente a condição humana”. Mateus cita Daniel (7, 13; e Ezequiel, (8, 7). O pobre das bem-aventuranças não vive preocupado em acumular riqueza, mas procura viver uma vida de honestidade e agradece a Deus toda hora e tem o coração aberto para ouvir os ensinamentos de Jesus e viver como Ele viveu. “Quem quiser vir após mim, carregue a sua cruz”. Os apóstolos ao receberem a missão de evangelizar ouviu o conselho de Jesus: “Não leveis nem ouro e nem prata, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento”. (Mt 10, 9-10). Todos os discípulos foram bem-aventurados e que nós os chamamos de santos porque viveram as bem-aventuranças.

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!”

Chorar de arrependimento pelos erros cometidos, pelos pecados, como Pedro chorou ao negar o seu Mestre por medo de morrer. Mas, quando recebeu o Espírito Santo, não teve mais medo de derramar o seu sangue por Jesus. Jesus também chorou ao ressuscitar a Lázaro. O choro da alegria pela ressurreição e destruir a morte. Ele é o Homem bem-aventurado e deu consolo a si mesmo e a todos nós pela sua ressurreição. Serão consolados no Reino dos céus. São felizes vivendo no Reino dos céus, mesmo aqui na terra, sente o Reino dentro de si mesmo. Isto é, convertendo-se numa criatura nova na esperança da Ressurreição.

“Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra!”

Os mansos de coração misericordioso. Os que pregam a paz possuirão a terra celestial, não a terra planeta, mas a terra Reino de Deus. Os mansos têm o coração aberto para perdoar e amar. Não vamos entender ao pé da letra como se nós fôssemos bobos de se calar perante as injustiças e não se defender procurando justiça. Mansos são os que sabem perdoar e ser misericordiosos para os agressores: Não há mais o: “Olho por olho, dente por dente.” (Mt 8, 38) .

“Bem-aventurados os que têm sede de justiça, porque serão saciados!”

Essa é a justiça de Deus e não a dos homens. Não é aquela dos fariseus, escribas e sacerdotes, do dente por dente e olho por olho, mas amando os inimigos e a qualquer ser Humano. Fome e sede de justiça são os que não têm medo de proclamar os ensinamentos de Jesus, a Boa Nova. Não têm medo de denunciar as injustiças dos poderosos em seus tronos e que escravizam o povo com jugo pesado sem dó e sem piedade. Esse foi o cântico de Maria, a mãe de Jesus: “Manifestou o poder do seu braço: desconsertou os corações dos soberbos. Derrubou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.” (Lc 1, 51-52). São saciados no Reino dos céus. A justiça que fala as bem-aventuranças é a de Deus, que é diferente da dos homens. Está em outra dimensão: Na Cidade Celeste e não na Cidade Terrestre, como afirma Santo Agostinho.

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!”

Miserae (latim) miséria, cor. (Latim) coração. Ter compaixão dos miseráveis, os que sofrem. Por isso Jesus é misericordioso e preteje, ampara os miseráveis, os sofredores, que já, aqui na terra, são os mais que procuram os ensinamentos para ganhar e entrar no Reino dos céus. Têm o coração cheio de misericórdia. Esquece de si mesmo para servir os que sofrem. Assiste os que sofrem. Esse é o caminho a seguir a Jesus; a encontrar com Jesus. Isso é adentrar-se na cristologia e sentir Jesus em si mesmo como Paulo afirmou: “Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim”.

“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!”

Puros de coração são os que não têm maldade contra seu irmão. Procura viver em paz consigo mesmo e com os outros. Um coração que sente a presença de Deus em toda natureza e em toda a humanidade. Vivem aperfeiçoando-se a seguir os passos do Mestre. Caminha no caminho do Calvário. Os cristãos viviam as bem-aventuranças e por isso lavaram as suas vestes brancas com o sangue do Cordeiro. São esses que são chamados de santos e louvados, exaltados pelos fieis. Intercedem por nós perante a Deus.

“Bem-aventurados os pacíficos, porque são chamados filhos de Deus”.

São os que vivem em concórdia, o amor pelo outro, conselheiro, pacificador, benevolente, amigo da sabedoria; ama a natureza e todas as coisas feitas pelo criador.

“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”

Aqui Jesus resumiu tudo sobre os que deverão segui-Lo. Aqui Ele explica obviamente qual a verdadeira Igreja que Ele fundou. Igreja povo, igreja comunidade cristã, os que derramaram o seu sangue por viverem como Ele viveu. A Igreja que não é perseguida, caluniada, e pregando a verdadeira Boa Nova sem medo da morte, e desobediente civil, não é verdadeiramente a igreja que Jesus fundou. E assim viveram os que realmente seguiram Jesus; vivendo como Ele viveu; perseguidos, caluniados, assassinados de toda maneira: degolados, flechados, apedrejados, (São Estevão), o primeiro protótipo do cristianismo, que foi morto apedrejado. Encontramos esse testemunho nos Atos dos Apóstolos. (7, 54-60) Pedro crucificado, muitos devorados pelos leões, leopardos, como conta a história do poderoso perseguidor dos cristãos: Nero, um dos Césares de Roma. Que colocou fogo em Roma e culpou os cristãos. Muitos dos que seguiam o Mestre deixaram de ser bem-aventurados e recuaram, quando viram tantas perseguições e tantas mortes bárbaras. Todos os apóstolos discípulos e muitos cristãos que seguiram e viveram os ensinamentos de Jesus foram perseguidos e alguns mortos, porque viveram realmente as bem-aventuranças. Assim, até aos nossos dias atuais, há perseguições caluniosas da mídia por qualquer coisa que um dos membros presbíteros, por fraqueza caem na tentação, quando erram, aí vira manchete do dia a dia. Também combatem, quando a Igreja prega a sua doutrina da moral cristã, a ética, da virtude e a fé cristã, baseando-se nas Sagradas Escrituras; criticam e realmente não deixa de ser perseguição mexendo com a emoção e psiquismo dos que querem seguir o exemplo e ensinamentos do Mestre. Algumas ideologias religiosas também perseguem e afirmam até que é o papa a “besta fera” citada no apocalipse. Mal interpretação que se tornam em falsos profetas; lobos famintos em pele de ovelha como Jesus os advertiu a seus discípulos.

Os cristãos eram firmes em obediência e aos ensinamentos de Jesus, pelo maior milagre que Jesus operou: a sua Ressurreição. Vejam o que São Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios, no capítulo 15, 1-58. (Aqui eu deixo ao leitor que faça a leitura.) Nenhum cristão pedia coisa para adquirir aqui na terra, como se vê hoje em dia: emprego bom, muito dinheiro e poder; competição, correria em busca das coisas desse mundo; conscientes que não levamos nada, pois os cristãos aprenderam e viveram com essa ótica celestial que a maior riqueza do Reino dos céus era e é a ressurreição de Jesus. Morreremos com Ele e, gloriosamente reinaremos com Ele ressuscitando-nos para a vida eterna. As bem-aventuranças é a biografia total de toda a vida de Jesus. Essas bem-aventuranças é uma verdadeira obediência a Deus Pai. Foi assim a vida de Jesus. Ele pregava e vivia. Tudo que nela contém desde o capítulo (Mt 5, 3-12), Ele viveu. E todo aquele que quiser ser cristão, terá que viver as bem-aventuranças. Para o mundo de hoje é uma controvérsia viver como os cristãos mártires e não mártires, entender que a vida é a outra: A celestial. Pois o reino desse mundo é uma ilusão, uma enganação de si preocupar com o que nos oferece as propagandas da mídia sobre o consumismo Essas propagandas do reino do poder, do ter, é aquela que Jesus adverte aos que querem O seguir: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouro no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não roubam. (Mt. 6, 19-20). São as verdades ensinadas por Jesus. Essa é a maior riqueza, pois a levamos para o Reino dos céus: A SABEDORIA ensinada e vivida com os ensinamentos do Mestre dos mestres, Jesus Cristo.

Disse Mahatma Ghandi: “Se viesse a perder-se toda a literatura do mundo e restasse apenas o Sermão da Montanha estaria a salvo o que existe de mais precioso”.

Iremos citar alguns trechos da sabedoria do Novo Testamento. “Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo exemplo que nós vos damos. Porque há muitos por aí de que repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigo da cruz de Cristo, cujo destino é a perdição, cujo deus é o ventre, para quem o própria ignomínia é causa de envaidecimento, e só tem prazer no que é terreno”(Fil 3, 17-21) Vejam, aí não há interpretação e entendimento exegético senão os sofrimentos pelas quais Jesus sofreu o martírio da cruz. Eis aí as bem-aventuranças que Paulo adverte para os que covardemente repugnava a cruz de Cristo, sendo inimigo dela. Não queria a perseguição, os sofrimentos de Cristo e estavam enfraquecendo em sua fé na cruz de Cristo. Lucas fala no capítulo 9, 23-26; 10, 1-11.

Quando Jesus cita o que Daniel profetizou e Eziquiel sobre O FILHO DO HOMEM Jesus afirma: Como Salvador, fala de sua Paixão e morte, e Eu sou a Ressurreição, e a sua vinda: A parusia. Para entender como ser cristão Ele afirma: Pedro então, pede a palavra e disse: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós:” Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que por minha causa deixar irmão, irmã, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirão a vida eterna”. (Mateus 19, 27-29). Eis os poderes que Jesus deu aos que O seguiram e derramaram os seus sangues por amor ao evangelho. Por isso a Igreja Católica Apostólica Romana os canonizou e intercedem por eles perante a Deus.

Nos primeiros séculos do cristianismo não havia livro bíblico para ler e, a maioria deles era analfabeto. Como era ensinado e proclamado os ensinamentos de Jesus? Era de boca em boca passando uns para os outros para não morrer o que Jesus ensinou. Essa maneira de preservar a palavra de Deus até os nossos dias se chama TRADIÇÃO; e a Igreja Católica preserva-a até hoje e tem o mesmo valor bíblico. Por esse motivo, igrejas evangélicas criticam e afirmam não haver esses ensinamentos na Bíblia. Nisso eles estão certos, mas se esqueceram o porquê que não existem na Bíblia; e por isso não dão valor os ensinamentos tradicionais dos primeiros cristãos e de quem conviveu com Jesus. Veja o que diz São João no seu evangelho: “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21, 25). Aí está uma prova cabal que a TRADIÇÃO, isto é, muitas coisas que não estão escritas na Bíblia, têm os mesmos valores como palavra de Deus. Por isso, como eles não vivem e não aceitam a TRADIÇÃO, criticam e negam que não é palavra de Deus ensinada por Jesus. Quem escreveu a Bíblia não foi Jesus, mas os cristãos em comunidade de Mateus, Marcos, Lucas e João. Nem tudo que Jesus ensinou está escrito nos evangelhos e epístolas, mas conservada na TRADIÇÃO. A Igreja Católica Apostólica conserva até hoje. E faz parte na liturgia A TRADIÇÃO era ensinada e vivenciava pelos cristãos que viviam pela palavra de Deus.

A celebração da EUCARISTIA (Missa) desde o primeiro século até o quarto, era celebrada no túmulo de um mártir. No começo do século quarto, a Igreja (Clerical) ao construir igrejas (construção de pedra), determinou que as celebrações eucarísticas deveriam ser no altar Mor. Nele, foi colocada uma pedra de mármore e, no centro dela, colocou-se uma relíquia de um santo mártir. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II foi abolida essa pedra nos altares das igrejas a partir de 1965.

O Novo Testamento foi escrito em pergaminhos na língua grega. No século IV, a pedido do papa Dâmaso I, São Jerônimo fez a VULGATA, isto é, passou do grego para o latim, língua falada no mundo romano. E do latim às outras línguas. Antes ninguém pregava lendo a Bíblia, pois não havia. A Bíblia foi impressa nos anos de 1532, com a descoberta da impressa pelo alemão Gutenberg e foi aprovada pelo Concílio de Trento em 1546. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II, por determinação do papa Paulo VI, houve uma revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. Foi terminada essa revisão em 1975, e promulgada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de abril de 1979, e foi denominada de NOVA VULGATA ou Bíblia Católica. Toda Bíblia escrita no mundo inteiro foi escrita pela Igreja Católica Apostólica Romana depois da VULGATA. Como também os capítulos e versículos. Não há diferença nenhuma, pois a Bíblia é única para todas as igrejas, que seja protestantes ou outras seitas. Ela só foi preservada até os dias de hoje, graças a Igreja Católica Apostólica Romana. Se não fosse ela tudo ficaria como contos folclóricos.

Carinhanha, 22 de abril de 2011.

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Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 02/04/2011
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