No teu amor eu hei de mergulhar em vagas ondas onde o mar em prece se descerra.
 
No cheiro bom do teu calor hei de bulir com a vida.
 
Hei de cantar as cantigas que em meu corpo ainda vibram.
 
Canta, amor, canta comigo o calafrio que percorre meu corpo quando o meu corpo desfalece junto ao teu.
 
Canta, amor, canta comigo a cantiga da noite amena onde não sei te dizer não.
 
Canta comigo a canção que este amor entoa desvairado de ilusão. 
 
Entre as canções hei de beijar-te enquanto a nuvem passa e nos encobre dos olhos bisbilhoteiros do engodo.
 
Amor, dá-me as tuas mãos enquanto te amo.
 
Beija a minha boca enquanto meu corpo beija o teu e bebe o teu e se desfaz no teu e se recompõe nas nossas palavras de amor.
 
Sente o meu sonho que nasce em ti, que vive em ti e que, por fim, há de morrer em ti.
 
Minhas mãos enlaçam as tuas como se o amor pudesse fugir a qualquer momento.
 
Meu abraço sente a delicadeza da tua cintura e o desenho do teu corpo quando o momento que começa na lucidez que termina diz que tu és minha menina.
 
Amor, me beija...
 
Me beija e deixa o teu gosto em mim.
 
Deixa o teu gosto morando em minhas entranhas.
 
Deixa o teu gosto em mim para eu não morrer deste amor.
 
Deixa o teu gosto em mim para que eu te sinta nas noites que me alucinam quando estou longe de ti.
 
Me beija... amor! Só me beija! Me beija... Me beija... beija... beija... beija...