Natal e Ano Novo
Vem chegando o NATAL e mais um final de ano civil se aproxima. A maioria dos senhores já conhece minha posição pessoal de não valorar estas datas como a maioria o faz, mas isso não significa que estas datas não tenham grande força perante nosso ser. As pessoas, decorrente de uma série de diferentes razões, quase que se predispõem a estarem mais abertas a uma análise introspectiva de sua vida alem de também serem tomadas por uma certa mística que envolve os seres humanos, mesmo os desconhecidos. Nestas datas, o transcendente parece ganhar um brilho próprio que mesmo entre os não cristãos parece envolver o imanente.
Assim, aproveito este momento para discorrer mais uma vez sobre a felicidade humana, o quanto ela deve ser procurada. Não falo da felicidade individual apenas, que pode ser alcançada algumas vezes à custa da dignidade de outros seres humanos. Tentarei falar da FELICIDADE COLETIVA, tentarei mostrar que a felicidade só passa a ser digna, quanto mais pessoas envolver.
Como já disseram vários grandes homens: “Enquanto houver uma criança envolta em miséria, pobreza, fome ou sofrimento, a felicidade é uma utopia que deveria nos ofender”, já devo estar me tornando um chato repetindo esta sentença. Mas é para que eu mesmo também não a esqueça.
Primeiro gostaria apenas de posicionar o NATAL no tempo e no espaço. Muitos festejamos esta (e diversas outras datas) e nem sequer entendemos sua origem... Quero deixar claro que a origem de alguma coisa jamais será mais importante que a própria coisa em si. A origem de algo não dignifica nem macula a coisa em si. É a própria coisa que por suas próprias características se dignificam ou se maculam. Posto isso, cabe dizer que a descrição feita a seguir sobre a origem do natal, não tem função e nem poder de enaltecer ou diminuir a festa em si.
O Natal é uma ação de “cristianização” levado a cabo pelas religiões judaico/cristãs de uma grande festa pagã. A data de 25 de dezembro marcava a celebração de uma festa pagã conhecida como Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invencível), em homenagem ao deus Mitra (da religião persa). Tem a ver com a festividade da brunária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol”… No ano 440 dc., porém, a data foi fixada para marcar o nascimento de Jesus, já que ninguém sabia a data de seu nascimento.
A “festa de Natal” não se inclui entre as festas bíblicas, e não foi instituída por “deus”. Teve origem na Igreja Católica Romana a partir do século IV, e daí se expandiu ao protestantismo, e ao resto do mundo.
Com a aprovação dada por Constantino para a guarda do domingo, dia em que os pagãos adoravam o Sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do século IV, agora “convertidos” em massa ao “cristianismo” o pretexto necessário para chamar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-sol) de dia do nascimento do filho de deus, assim foi que “o Natal” se enraizou no mundo ocidental! Não temos nenhum relato bíblico e nem na história indicando que os primeiros cristãos comemoravam o Natal. Esta tradição surgiu do sincretismo, ou seja, da mistura de costumes pagãos com “verdades” cristãs
Poderíamos discorrer também sobre os artefatos típicos de Natal, tais como a árvore de natal, os presentes, a coroa de azevinho ou guirlanda, as velas ou luzes, e o próprio presépio que são também de origens pagãs, e elevadas a um status de pureza pelo cristianismo.
Situado o NATAL, posso retornar ao meu motivo primeiro, aproveitar esta data, seu simbolismo, sua aura de carinho e amor para desejar a todos, meus Amigos e inimigos, meus irmão e meus desconhecidos, meu sangue e os de sangue “diferente”, um momento de reflexão e compreensão. Devemos distribuir a todos que dividem comigo a genética do Cro-Magnon e do Homo Sapiens moderno, um olhar de carinho, um desejo de PAZ, de SAÚDE e uma palavra de força e de luz. Às vezes tenho a nítida impressão que seriamos melhor definidos como HOMO DEMIENS. Vulgarmente poderíamos crer que a construção histórica do Homo Sapiens (homem do saber racional) teve como efeito colateral o (sub)desenvolvimento do Homo Demiens (homem-louco). O primeiro corresponde ao universo adulto e o último, ao mundo da desordem e irracionalidade reprimida no inconsciente em seus diferentes aspectos.
Vivemos atribulados com nossos afazeres, nossas vidas pessoais, nossas dificuldades e lutas, que nos esquecemos de pensar, meditar, relaxar e filosofar conosco mesmo. A vida não tem uma razão específica, é verdade, mas isso não retira dos vivos a obrigação de construir um mundo digno para todos e melhor para nossos filhos. Não existisse a humanidade, aquele simples mas complexo atributo que nos diferencia como uma raça única, mesmo assim ainda estaríamos obrigados a dignificar a natureza, a vida .... Nossa humanidade nos leva a trabalhar pela dignificação da vida, ela nos leva a buscar construir um mundo melhor para se viver, nos leva a buscar a felicidade coletiva. Ser feliz é uma das razões de viver, mas não aquela felicidade mesquinha que só leva em consideração os interesses pessoais ou daqueles que dividem conosco laços de família ou de amizade. A dignidade a ser buscada é aquela que sendo democrática para com todos os seres, sabe e tem a concreta razão de construir um presente harmonioso porem firme. A fraqueza destrói, não constrói.
Amigas e Amigos, podemos pelo menos tentar incorporar este ambiente de benevolência e tentarmos aprender a eternizarmos em cada um de nós este sentimento de juventude física, de estabilidade moral, de imanente busca da verdade, e ao longo dos demais dias do ano, nos apoiarmos nele e vivermos para construir nos outros, aquela paz que buscamos.
Que em cada mente humana possa ser acesa a chama do verdadeiro AMOR, que esta chama possa iluminar nossas vidas e nos ajudar a trilhar o caminho do bem e da justiça social. Que em cada ato, em cada pensamento possamos ter a consciência de que o que nos difere dos outros animais é simplesmente nossa humanidade. Torço assim que nossa moral, nossa ética, nossos valores sejam todos inundados por esta seiva de vida, esta seiva de racionalidade, esta seiva de princípio relativos à dignificação da vida.
Sejamos crentes ou sejamos céticos, a vida só faz sentido pelo quanto dignificamos a ela e o quanto nos aproximamos mais uns dos outros.
Sejamos cristãos, ou sejamos budistas, agnósticos, ou ateus, só deveríamos ter o direito à vida caso estejamos comungando com a necessidade de reverenciarmos nossa humanidade, de dignificarmos nossa vida e de permitirmos a todos o direito de buscarem sua felicidade, desde que esta busca não diminua em nada o direito e a capacidade dos outros também buscarem e alcançarem suas felicidades.
PARABÉNS AMIGOS, que 2011 possa ser um presente, sem trocadilho, que se eternize em construções e em oferenda de suporte aos que também buscam construir.
Que possa nossas vidas serem o reflexo sincero do verdadeiro AMOR, sem abrir mão da RAZÃO e da busca da verdade. Que tenhamos a coragem de olhar de frente o reflexo de cada um de nossos atos e perceber nas evidências, não a teoria que nos interessa (maquiando as evidencias conforme nossos interesses), mas sim buscarmos nas evidências os elos que as une, seus atributos comuns, suas interfaces mútuas e enfim a teoria que as sustenta.
PAZ, SAÚDE, LUZ, AMOR e LEALDADE para todos nós.
NATAL
Assim, aproveito este momento para discorrer mais uma vez sobre a felicidade humana, o quanto ela deve ser procurada. Não falo da felicidade individual apenas, que pode ser alcançada algumas vezes à custa da dignidade de outros seres humanos. Tentarei falar da FELICIDADE COLETIVA, tentarei mostrar que a felicidade só passa a ser digna, quanto mais pessoas envolver.
Como já disseram vários grandes homens: “Enquanto houver uma criança envolta em miséria, pobreza, fome ou sofrimento, a felicidade é uma utopia que deveria nos ofender”, já devo estar me tornando um chato repetindo esta sentença. Mas é para que eu mesmo também não a esqueça.
Primeiro gostaria apenas de posicionar o NATAL no tempo e no espaço. Muitos festejamos esta (e diversas outras datas) e nem sequer entendemos sua origem... Quero deixar claro que a origem de alguma coisa jamais será mais importante que a própria coisa em si. A origem de algo não dignifica nem macula a coisa em si. É a própria coisa que por suas próprias características se dignificam ou se maculam. Posto isso, cabe dizer que a descrição feita a seguir sobre a origem do natal, não tem função e nem poder de enaltecer ou diminuir a festa em si.
O Natal é uma ação de “cristianização” levado a cabo pelas religiões judaico/cristãs de uma grande festa pagã. A data de 25 de dezembro marcava a celebração de uma festa pagã conhecida como Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invencível), em homenagem ao deus Mitra (da religião persa). Tem a ver com a festividade da brunária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol”… No ano 440 dc., porém, a data foi fixada para marcar o nascimento de Jesus, já que ninguém sabia a data de seu nascimento.
A “festa de Natal” não se inclui entre as festas bíblicas, e não foi instituída por “deus”. Teve origem na Igreja Católica Romana a partir do século IV, e daí se expandiu ao protestantismo, e ao resto do mundo.
Com a aprovação dada por Constantino para a guarda do domingo, dia em que os pagãos adoravam o Sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do século IV, agora “convertidos” em massa ao “cristianismo” o pretexto necessário para chamar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-sol) de dia do nascimento do filho de deus, assim foi que “o Natal” se enraizou no mundo ocidental! Não temos nenhum relato bíblico e nem na história indicando que os primeiros cristãos comemoravam o Natal. Esta tradição surgiu do sincretismo, ou seja, da mistura de costumes pagãos com “verdades” cristãs
Poderíamos discorrer também sobre os artefatos típicos de Natal, tais como a árvore de natal, os presentes, a coroa de azevinho ou guirlanda, as velas ou luzes, e o próprio presépio que são também de origens pagãs, e elevadas a um status de pureza pelo cristianismo.
Situado o NATAL, posso retornar ao meu motivo primeiro, aproveitar esta data, seu simbolismo, sua aura de carinho e amor para desejar a todos, meus Amigos e inimigos, meus irmão e meus desconhecidos, meu sangue e os de sangue “diferente”, um momento de reflexão e compreensão. Devemos distribuir a todos que dividem comigo a genética do Cro-Magnon e do Homo Sapiens moderno, um olhar de carinho, um desejo de PAZ, de SAÚDE e uma palavra de força e de luz. Às vezes tenho a nítida impressão que seriamos melhor definidos como HOMO DEMIENS. Vulgarmente poderíamos crer que a construção histórica do Homo Sapiens (homem do saber racional) teve como efeito colateral o (sub)desenvolvimento do Homo Demiens (homem-louco). O primeiro corresponde ao universo adulto e o último, ao mundo da desordem e irracionalidade reprimida no inconsciente em seus diferentes aspectos.
Vivemos atribulados com nossos afazeres, nossas vidas pessoais, nossas dificuldades e lutas, que nos esquecemos de pensar, meditar, relaxar e filosofar conosco mesmo. A vida não tem uma razão específica, é verdade, mas isso não retira dos vivos a obrigação de construir um mundo digno para todos e melhor para nossos filhos. Não existisse a humanidade, aquele simples mas complexo atributo que nos diferencia como uma raça única, mesmo assim ainda estaríamos obrigados a dignificar a natureza, a vida .... Nossa humanidade nos leva a trabalhar pela dignificação da vida, ela nos leva a buscar construir um mundo melhor para se viver, nos leva a buscar a felicidade coletiva. Ser feliz é uma das razões de viver, mas não aquela felicidade mesquinha que só leva em consideração os interesses pessoais ou daqueles que dividem conosco laços de família ou de amizade. A dignidade a ser buscada é aquela que sendo democrática para com todos os seres, sabe e tem a concreta razão de construir um presente harmonioso porem firme. A fraqueza destrói, não constrói.
Amigas e Amigos, podemos pelo menos tentar incorporar este ambiente de benevolência e tentarmos aprender a eternizarmos em cada um de nós este sentimento de juventude física, de estabilidade moral, de imanente busca da verdade, e ao longo dos demais dias do ano, nos apoiarmos nele e vivermos para construir nos outros, aquela paz que buscamos.
Que em cada mente humana possa ser acesa a chama do verdadeiro AMOR, que esta chama possa iluminar nossas vidas e nos ajudar a trilhar o caminho do bem e da justiça social. Que em cada ato, em cada pensamento possamos ter a consciência de que o que nos difere dos outros animais é simplesmente nossa humanidade. Torço assim que nossa moral, nossa ética, nossos valores sejam todos inundados por esta seiva de vida, esta seiva de racionalidade, esta seiva de princípio relativos à dignificação da vida.
Sejamos crentes ou sejamos céticos, a vida só faz sentido pelo quanto dignificamos a ela e o quanto nos aproximamos mais uns dos outros.
Sejamos cristãos, ou sejamos budistas, agnósticos, ou ateus, só deveríamos ter o direito à vida caso estejamos comungando com a necessidade de reverenciarmos nossa humanidade, de dignificarmos nossa vida e de permitirmos a todos o direito de buscarem sua felicidade, desde que esta busca não diminua em nada o direito e a capacidade dos outros também buscarem e alcançarem suas felicidades.
PARABÉNS AMIGOS, que 2011 possa ser um presente, sem trocadilho, que se eternize em construções e em oferenda de suporte aos que também buscam construir.
Que possa nossas vidas serem o reflexo sincero do verdadeiro AMOR, sem abrir mão da RAZÃO e da busca da verdade. Que tenhamos a coragem de olhar de frente o reflexo de cada um de nossos atos e perceber nas evidências, não a teoria que nos interessa (maquiando as evidencias conforme nossos interesses), mas sim buscarmos nas evidências os elos que as une, seus atributos comuns, suas interfaces mútuas e enfim a teoria que as sustenta.
PAZ, SAÚDE, LUZ, AMOR e LEALDADE para todos nós.