OS QUATRO EVANGELHOS
Depois do dia de pentecoste, esclarecidos e fortificados pelo ESPÍRITO SANTO, os apóstolos começaram a pregar desassombradamente à doutrina de JESUS CRISTO. Fizeram numerosos adeptos, dos quais diversos se associavam a seus trabalhos apostólicos.
O ESPÍRITO SANTO inspirou alguns deles a escreverem resumo da vida e dos ensinamentos do Filho de DEUS.
A estes livros deram o nome de Evangelho. Aliás, JESUS CRISTO havia designado sua doutrina; Evangelho quer dizer Boa NOTÍCIA ou Boa NOVA.
A Boa e Grande Notícia era a redenção ou salvação que o Messias trouxe ao mundo.
O primeiro a escrever seu Evangelho foi o apóstolo São Mateus.
Pouco se sabe a respeito de sua via. Era coletor de imposto, quando JESUS CRISTO o escolheu para o apostolado. Cita grande número de profecias a respeito do Salvador, demonstrando que se realizaram na pessoa de JESUS CRISTO.
São Marcos, discípulo e companheiro de viagem de São Pedro, foi o segundo a escrever resumo da vida de JESUS CRISTO. Refere-se a inúmeros milagres que realizou e o poder extraordinário que exercia sobre os demônios.
Vem em seguida São Lucas que acompanhou por muito tempo a São Paulo.
Para compor seu Evangelho baseou-se também nos escritos anteriores e procurou ouvir as pessoas que conviveram com JESUS CRISTO e além das pregações de São Paulo.
São João é o 4º. Evangelista, chamado de João Evangelista para se distinguir de São João Batista, o precursor.
Os Evangelhos de São Mateus, São Marcos e São Lucas receberam a denominação de EVANGELHO SINOPTIVO, porque expõem os fatos obedecendo a um mesmo plano, conforme se nota pela leitura ou pela divisão.
São João segue outro plano. Escreve para cristãos, capazes de compreender uma exposição mais profunda das verdades. (3)
Chegaram a existir 54 Evangelhos. São Jerônimo no ano de 384 foi incumbido de traduzir o Velho e Novo Testamentos para o latim, tradução hoje conhecida com o nome de Vulgata, que são as edições católicas. (1)
Conta-se que, diante do elevado número de Evangelhos, não se sabendo como escolher e sendo difícil um ensaio de seleção, colocaram-nos todos num altar, invocaram o Espírito Santo e jogaram-nos ao solo. Rolaram eles ao chão, menos os que conhecemos hoje. (2)
As escrituras teriam sido traduzidas do hebraico para o grego, por pessoas nem sempre preparadas para tão importante mister. Do grego vieram para o latim e do latim para vários idiomas. E nessas várias passagens a crítica descobre motivos de desconfiança. (2)
Certo é que Cristo não escreveu coisa nenhuma, e que os originais dos apóstolos perderam-se; mas há códigos, antigas traduções, bem assim as citações aos Evangelhos feitos pelos antigos padres e doutores da lei. São provas suficientes da autenticidade dos Evangelhos.
Essa prova de autenticidade dos Evangelhos vem sendo feita pelos espíritos que nos falam dos Evangelhos, que se encontra a palavra de Jesus Cristo e nos traz a explicação de seus textos.
Os Evangelhos foram inspirados por Deus, logo não contém erros.
Livro inspirado ensina o padre Lincon Ramos, quer dizer o seguinte: “Deus inspirou ao escritor a idéia de escrever o livro, e o assunto sobre o qual deveria escrever e deu-lhe toda a assistência, a fim de fazer o necessário, sem erro algum da doutrina. Não significa que o livro tenha sido ditado por Deus; cada um manteve o seu estilo”.
O Reitor Louis Brrkhof, no seu livro “Princípios de Interpretação Bíblica”, edição protestante, declara: “E quando se diz que seus autores foram guiados, pelo Espírito Santo ao escrever os livros da Bíblia, o termo escrever deve ser tomado em sentido lato. Inclui a investigação de comentos, a coleção de fatos, o arranjo material, a escolha das palavras, e finalmente, todo o processo que entra na composição de um livro”.
Eliseu Rigonatti, em seu livro Mediunidade sem lágrimas, esclarece que médiuns inspirados são aqueles aos quais os Espíritos sugerem pensamentos. A pessoa que possui mediunidade de inspiração se quiser tirar máximo de proveito dela, precisa estudar muito, porque se não fizer não poderá servir de instrumento eficaz para difundir as luzes espirituais em nosso Planeta.
Sabe-se que os evangelistas conheciam profundamente os ensinamentos de Jesus Cristo. Donde se conclui que os quatro evangelistas foram médiuns de inspiração, pois receberam a idéia e assistência divina; mas as palavras, o modo de escrever, o material eram deles mesmos.
Fonte dos textos: (1) Equipe – (2) Religião de Imbassahy – (3) Os Quatro Evangelhos do Padre Ramos – O Mensageiro