Meu jeito de ser

Não me ocupo com banalidades, só com coisas que realmente valha a pena.
Não jogo conversa fora, só falo aquilo que realmente seja necessário.
Ainda sou do tempo que tristeza se curava com uma pia cheia de pratos para lavar,
Uma casa para se limpar e uma boa música para ouvir, um bom livro para se ler.
Falsidade nunca morou comigo, e nem na minha casa.
Sou imensamente sincera, gosto de abusar da sinceridade, sou romãntica e sensivel.
Coloquei todas as velhas mágoas no meu guarda roupa, e tranquei para nunca mais abrir.
Fui me ocupar com uma boa leitura. Pois, a felicidade para mim são coisas simples.
É este céu azul anil;
É uma revoada de pássaros que no inverno se vão;
As nuvens fazendo flocos de algodão desenhando o céu;
Lua crescente e dourada;
A sinfonia do canto do bem-te-vi e do colibri,
Todas as manhãs para me acordar, enchendo meu quarto de melodia;
Do brilho das estrelas;
A claridade do dia;
O suave murmúrio do vento, batendo na minha janela;
As águas que escorrem nos riachos que saciam nossa sede;
As vozes dos meus ancestrais;
O canto da cigarra;
O calor da terra aquecendo meu corpo;
O coaxar dos sapos numa noite chuvosa;
Todas as florestas dos reinos encantados o magnífico pôr-do-sol.
Ainda cultivo no meu jardim as mais belas flores,
Que eu mesma gosto de regá-las para com elas conversar.
Elas me entendem, quando triste estou e exalam o seu perfume.
Gosto do cheirinho da terra molhada, de um bom fogão de lenha,
Um cafezinho feito na hora, com um bom bate papo,
E do meu amor, olhando nos meus olhos e dizendo que apesar do tempo,
eu sou a mesma mulher, com todo frescor da juventude,
e que ainda me ama...


Rayalvessilva
Enviado por Rayalvessilva em 10/07/2010
Reeditado em 24/07/2010
Código do texto: T2369386
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