SOU MEL ...FEL
Dentre várias janelas na web
Esta é a primeira que abro
Um misto de curiosidade imprevista
Assola-me a cada novo acesso
E busco nos comentários
Uma pegada dos amigos
Velhos conhecidos – da casa –
Busco também o novo
Sorrio quando vejo no recado
A compreensão dos meus versos
Não importa a mim o número de vezes
Que meus trabalhos foram lidos
Importa sim o discernimento
E a beleza deste teu sentir
Minha intenção em cada vírgula
Gosto de escrever palavras simples
Daquelas que todos entendem
Mas devem criar frases fortes
Estas que surpreendem
E deixam perguntas no ar
- o que sentia enquanto escrevia ...–
Aquelas que a gente não tem coragem de perguntar
Gosto de falar do amor impudico
Dos sentimentos alheios – reais –
De família, sonhos, futuro, assuntos banais
E quando falo de mim falo - sem medo -
Pretérito perfeito do indicativo – traço o ponto
Mas tem gente por aí que pensa ser o escrito
Um míssel dirigível e contudo sem nome
Viro fera quando recebo um recado – e-mail malcriado –
Porque minhas palavras atingiram um alvo oculto
Se meus escritos causar-lhe dissabor – sinto muito amor –
Não escrevi de você – nem para você –
Quando for necessário e fizer jus
Colocarei um nome – intransferível este –
Mas um pedido eu faço a você que me visita
Que fica dissolvendo cada palavra aqui traçada
Não dê a mim rótulos chulos – eu os dispenso
Porque metade de mim é amor
- e a outra metade não sei –
Depende do momento, da pessoa, da ocasião
Sou fera ferida de infinita beleza espiritual
Mas como todo ser humano tenho limites de tolerância
Peco-te não me julgues com precipitação
Porque posso ser o que você quiser
Céu ou inferno!
Então antes de abrir a boca, decida-se:
O que você quer provar meu mel ou meu fel?
Mensagem dirigida a todos que mão tem coragem de dar a cara a tapa então usam e-mail para "encher o saco", bem típico de gente mal resolvida, que não consegue discernir a diferença entre poeta e poesia, aí por vezes existe um abismo!
18/04/2010
Khayssa