Ritmo de verão
Sempre morei em uma cidade praiana, onde muitos nem a conheciam pelo fato de que era extremamente pequena, contudo, o progresso chegou, modificando-a.
Porém, ainda continuo sentindo o cheiro da brisa que perpassava em meus cabelos de menina, bem como o azul límpido de suas águas. Tal como as marés, que cresce e se encolhe, minha vida também percorre esses segmentos, e talvez o mais difícil deles seja encarar os desafios, aonde em determinadas situações vou de cara lavada enfrenta-los.
Sei que muitos dos meus sonhos dependem de minhas escolhas, mas também das oportunidades, visto que determinados valores que carregamos influenciam em nossos rumos, erros e acertos.
Aprendi, em tão pouco tempo, que pessoas maravilhosas aparecem em nossas vidas e nos deixam marcas que serão levadas para a eternidade e que sem elas, não amadureceríamos como amigos, pessoas e profissionais.
Hoje, aprendi que não adianta sermos apáticos, descrentes, preguiçosos com as adversidades e com nossos sonhos, pois estaríamos sendo como uma rocha num mar, onde o fluxo de água bate em sua superfície, lhe arrancado pedaços, dos quais não tem como colá-los, semelhante à alma humana.
A vida é como o mar para mim, é a química perfeita entre o sal, a água, a luminosidade e os ventos, é o ninho de minhas experiências e a queima de meus pesadelos.
É meu laboratório secreto, onde toda vez que visto o jaleco esqueço dos sofrimentos e abro mais uma porta de meu coração.