O Amor e a Vida
Dois temas para mim são extremamentes amplos, poderia se escrever inúmeras vezes de diversas formas e não teria fim. É o amor e a vida, a vida porque às vezes penso que ela é muito mais individual do que amplamente social ou comunitária, como um eixo com um ponto central que é o individuo e todas as outras coisas ao redor. Então cada um assumiria seu ponto central para depois se chegar as demais partes. O amor, se apresenta ao ser humano várias vezes no decorrer da vida, e com intensidades por vezes tão fortes e tão suaves, seria mais social porque os fatores externos, o relacionamento com os outros indivíduos é que nutre esse sentimento. Vida por vida, existência por existência, acontece quase independente, mas o amor tem sua base nas relações sociais e sua existência depende dessas relações, ou que bem resolvidas ou que não. Existem muitos tipos de amor, e cada um com sua cor, suas peculiaridades, suas formas. Quem nunca se sentiu mais ciumento num relacionamento, ou mais carinhoso em outro, o corpo age e desperta diferente em cada espaço que se abre para o mais nobre e difícil de todos os sentimentos, o amor, que mais se apresenta como um mosaico ainda inacabado. Neste contexto vale lembrar-se de um personagem que se personifica no chamado coração, o retalho da nossa alma. Quantas vezes nos pegamos dizendo que agora é pra sempre, que nunca irá amar alguém igual ou que não vive sem a pessoa amada, que a vida se ressume aos dois. Nos repetimos as mesma velhas frases, e quando o “coração” já se acha aos trapos, a paisagem muda por completo ao despertar de um novo, ou melhor, outro amor. No amor nada é pra sempre, mas isso é duro demais para se dizer aos amantes, nos auto pregamos uma mentira doce. A vida se cruza através das boas e ruins experiências que temos, na verdade o melhor resumo da vida é que ela é escolha, como se diz por ai, não podemos escolher o que vamos colher, mas podemos sim, escolher o que vamos plantar. Cada ser humano individualmente tem certo controle sobre a sua vida, pelo menos a maior parte do controle da vida parte de ações que vem de nós e se encaixam nos demais eixos. A vida nos deixa por vezes preocupados, demasiadamente cansados nos transforma em velhos enquanto jovens. O amor nos deixa alegres, demasiadamente descansados nos transforma em jovens enquanto velhos. Podendo, ainda haver inversão dos papeis às vezes a vida nos deixa mais jovens e o amor nos deixam mais velhos.
Amor e Vida se completam, porque com o amor a vida tem muito mais graça.
Cyrlene Rita dos Santos 27/04/09