Como preferimos nos comportar???
Joel vangloriava-se:
- Eu aproveito a vida, não levo desaforo pra casa, não me apego a ninguém e tampouco me importo com o dia de amanhã. Não tenho que obedecer a nada e gasto todo dinheiro que consigo em festas e bebidas, detesto disciplinas e regras, sou um homem livre.
Certo dia as dificuldades começaram a bater à porta de Joel, como fora indisciplinado, descuidou de seu corpo físico que começou a apresentar vários problemas, todos em virtude de sua negligência. Como seus relacionamentos eram fugazes, não tinha amigos para lhe amparar. Como gastara em demasia sem preocupar-se com o amanhã, estava sem recursos para se tratar e teve que procurar o sistema de saúde público, e este apresentando problemas de superlotação em seus hospitais forçou Joel a esperar o atendimento, como a nada obedecia, detestava regras e não levava desaforo pra casa, arrumou tremenda confusão e foi retirado a força do hospital. Acabou sozinho reclamando da injustiça da vida e do desprezo dos homens.
A história de Joel se repete com milhares de criaturas, indisciplinadas, criam para si um mundo de aparente liberdade onde julgam que devem fazer o que lhes bem aprouver.
Pensam que aproveitar a vida é agir de conformidade com os instintos mais selvagens e sequer cogitam de consultar a consciência.
Isso é cavar sofrimento, porquanto, as reações virão em cadeia:
§ A indisciplina com o corpo físico irá se repercutir em forma de enfermidade.
§ O “Não levar desaforo pra casa” desembocará em desentendimentos.
§ A gastança exacerbada de hoje trará escassez amanhã.
§ Os relacionamentos sem sinceros laços de amizade nos convidarão a estágios solitários de reflexão , para que possamos aprender a valorizar as pessoas que cruzam nosso caminho.
Assim funciona a vida, somos autores de nossos sofrimentos como o somos de nossa felicidade.
Contudo, é mais prático depositar o crédito pelos nossos insucessos em ombro alheio, é a famosa tendência de adiar o encontro com a responsabilidade.
Porque ninguém se livra da responsabilidade, apenas adia o encontro, e adiar esse encontro equivale a agravar a situação, é o mesmo que um doente se negar a tomar remédio, de tanto se negar acabará por agravar seu estado comprometendo-se a doses maiores, portanto, mais dolorosas.
Amigo leitor, não estamos neste planeta à turismo, aproveitar a vida é agir com responsabilidade, é ser o cônjuge respeitoso, o profissional dedicado, o pai ou mãe atencioso (a), o cidadão consciente.
E isso independe de religião, classe social ou etnia, constituindo-se em questão de postura perante a vida.
Joel preferia agir desregradamente sem preocupações, sem responsabilidade.
E nós, como preferimos nos comportar?