INSATISFAÇÃO COM O TRABALHO
Todos nós, em algum momento da vida, passamos pela crise da “empregabilidade”. Essa crise se resume ao fato de, ou estar trabalhando, porém, insatisfeito com o trabalho; ou de estar desempregado e sonhando com o emprego ideal. Em muitos casos, esse trabalho que hoje causa insatisfação, amanhã será lembrado com boas recordações; e o emprego ideal, será percebido apenas como um modelo imaginário, bem distante da realidade.
Olhando para trás, lembro-me de um sonho que eu tinha de trabalhar em uma loja em algum dos shoppings da minha cidade. Nem sei porque desejava isso... Talvez fosse pelo movimento frenético de pessoas entrando e saindo, ou talvez pela quantidade de luzes naquele ambiente, ou quem sabe por ser ali os passeios da minha adolescência. O fato é que consegui realizar esse sonho. Quem dera não tê-lo sonhado, mas já que sonhei não me arrependo de ter vivido. Só posso dizer que shopping centers são ótimos para passeio.
Quando chegamos à idade adulta e começamos a enxergar as coisas com o olhar da razão, e abandonamos a emoção frívola – aquela sem valor e que só atrapalha – iniciamos um processo mental de descobrir como ganhar dinheiro; o mesmo que irá proporcionar ter carro, casa e família. É nessa fase da vida onde alguns se perdem em desventuras, por darem ao dinheiro maiores definições do que ele realmente tem. Dinheiro é um meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. Assim será sempre meio, nunca um fim em si.
Ter um bom emprego é um bom meio para ter um bom dinheiro e adquirir bens. Então o negócio é estar bem empregado? È uma das formas. Com isso em mente, dar-se inicio a uma corrida desenfreada por qualificação técnica, para ser um bom candidato a boas vagas de emprego que o mercado oferece. É nesse momento que vem a crise falada anteriormente, pois nem sempre o mercado oferece vagas para bons candidatos, muito menos, boas vagas. Somos obrigados a aceitar a primeira que aparece, mas com total insatisfação.
É bem verdade que nem todos passam pela crise e pelas insatisfações movidas por ela. Sempre há os que se safam da avalanche. Esses são os que conseguem boas vagas em bons empregos. Em um país onde a injustiça se derrama como água, “esses” nem sempre são os “melhores”. Os satisfeitos não duram muito tempo nesse estado de satisfação. Logo vem a primeira “crise do bom emprego”. Essa se configura pela insegurança da instabilidade empregatícia, ou vice-versa. “Não importa se faço o que gosto e ganho um bom dinheiro, se não tenho certeza de que meu emprego será mantido”; assim pensam alguns dos ex-satisfeitos. Nesse momento começa uma nova corrida: emprego público. “Agora sim! Pode ter a maior crise mundial, mas sei que daqui ninguém me tira!”. Os concurseiros que se baseiam apenas na estabilidade que o emprego público proporciona, correm um sério risco de entrar na estatística dos insatisfeitos.
Bons empregos são feitos de razão, desejo e fé. A razão nos faz enxergar que o dinheiro é muito importante, mas que nem tudo são flores em um ambiente de trabalho. O desejo nos impulsiona a agarrar as oportunidades, e aquece a paixão pelo que fazemos. A fé entra em ação quando a razão entra em “parafuso” e o desejo tira férias; isso, inevitavelmente, vai acontecer um dia. É a hora do fantasma da insatisfação, que sem a fé, domina as mentes; com a fé, desaparece. Esse recado é para os crentes em Jesus de plantão, que mesmo tendo um Deus que veste as ervas do campo e alimenta os pássaros, ainda temem a falta de emprego ou do que quer que seja. Insegurança e instabilidade deixem para os que não têm um Deus Supridor de necessidades. O nosso Deus é socorro bem presente; sabe o que isso significa? Que se você um dia precisar, Ele já estará lá. Descansar em Deus é crer com o coração que se alguém te desempregar, Ele não te desamparará; pelo contrário, te dará guarida e satisfação plenamente verdadeira.