Obstáculos não são montanhas
Em face da nítida incapacidade que temos de vencer certos obstáculos, desafiando nosso poder, saúde e anseio,
devemos nos humilhar e reconhecer que não somos o eixo do Universo.
Sem contudo nos sentir desafortunados,
por não estarmos no ponto de amadurecer soluções,
consideremos as pedras intransponíveis
meros desafios e tarefas avançadas na escola Vida,
que espera sossegadamente, nossa maturidade.
Ao acumularmos desafios lado a lado,
montanhas se erguerão em tal altura,
que nos farão o temor e logo adiante a insegurança,
que a tantas outras fragilidades se aliarão,
no intento de testar nossa auto-confiança e
determinação de propósitos.
Colocar a montanha num esconderijo
não dispensará ações imediatas, ao contrário,
a postergação do enfrentamento implicará na fecundação
de uma cordilheira de desafios.
Não se deve olhar a tal montanha de longe,
feito um cartão postal de boas vindas à festa alguma,
porque é ela nossa lição diária,
devendo ser encararada de frente e degustada,
pois apesar do sabor amargo aos primeiros goles,
ao topo, a vitória valerá cada gota de suor.
Tem gosto melhor que o da vitória pela realização pessoal?
O caminho será não estabelecer parâmetro visual
entre a montanha e a capacidade de transpô-la,
pois ao ampliarmos a dimensão de um problema
inibiremos consideravelmente o nosso avanço.
Num círculo compensatório, dias, problemas e condições se sobrepõem, possibilitando renascimentos e florecimentos infinitos e eternos.
Deus nos capacita à medida da fé, bravura e perseverança, transfigurando-nos em anjos de rocha, para que enfrentemos todas as pedras, montanhas e cordilheiras, parceiras nossas durante o aprendizado humano, regado à misericórdia e amor divino.
Santos-SP-07/03/2006