É de chorar: O Bombeiro!!!

O Bombeiro!

A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos, que estava doente de leucemia. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que seu filho crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa da leucemia terminal. Mas, mesmo assim, ela ainda queria que o sonho de seu filho se transformasse em realidade.

Junto dele tomou-lhe a mão e perguntou:

“Filho, você alguma vez já pensou o que você gostaria de ser quando crescer?”

-Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro!

A mãe sorriu e disse:

“Vamos ver o que podemos fazer.”

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao corpo de bombeiros e contou ao chefe dos Bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos bombeiros em torno do quarteirão.

O chefe dos bombeiros, comovido, disse:

-Nós podemos fazer mais do que isso! Se você estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui uma semana, nós o faremos um bombeiro honorário por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco, sair para atender ás chamadas de emergência. E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu, com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.

Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-lhe o uniforme de bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão dos bombeiros. O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão, e até o quartel central.

Parecia-lhe estar no céu. Ocorreram três chamadas naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todas as três. Em cada chamada ele foi em veículos diferentes: no auto-tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe do corpo de bombeiros.

Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente que ele viveu três meses a mais que o previsto.

Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital toda a família. Então, ela lembrou da emoção que o garoto tinha passado como um bombeiro, e pediu a enfermeira que ligasse para o chefe da corporação, e perguntasse se seria possível enviar um bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com menino.

O chefe dos Bombeiros respondeu:

-Nós podemos fazer mais do que isso!

Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor. Quando você ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o Corpo de Bombeiros vindo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!”

Cinco minutos depois, as viaturas chegaram no hospital. Estenderam a escada até o andar onde o garoto estava, e 16 bombeiros subiram. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram e disseram para ele que o amavam.

Com a voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:

“Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?”

” Sim, você é um dos melhores” – disse ele.

Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.

Revista Bombeiros em Emergência número 19-SP.