ABRA A JANELA DO SEU CORAÇÃO
Certa vez, estava a caminhar com meu pai na orla da praia. No meio do vai e vem das pessoas, como já era de se esperar, já que as noites do Recife são sempre agitadas, vi uma meninota com seus pais sentada perto de um quiosque. Em suas mãos, segurava uma embalagem de papel cujo não media esforços para tentar abri-la – tinha recebido um belo de um porta joias de encantar qualquer moça com a quantidade de detalhes. Rapidamente, ela abriu a tampinha e viu que ali não havia joia alguma. Em contraste com essa situação, hoje consigo ver como temos belas embalagens bíblicas, mas pouquíssimo conhecimento e envolvimento nas proposições de Deus para nós.
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. – 2 Coríntios 4:16
Em 1956, John McCarthy decidiu fazer uma análise minuciosa a respeito do que torna algo, ou alguém na condição de inteligente (anteriormente já descrito por Salomão em Pv 16:21). A boa notícia é que todos os seres humanos foram criados com dotes de inteligência. A péssima, é que muitos de nós temos desprezado essa capacidade ao nos encurralarmos em viés de pensamentos que inibem a análise, reflexão e, por fim, produção de conhecimento. Quando Deus é o alvo dessa análise, vemos que muitos de nós esquecemos de nosso potencial e nos firmamos somente em um dos de três pilares elementares para que vivenciemos, de fato, o amor de Deus em nossas vidas: Adoração, Meditação e Evangelização, denotada pela sigla AME =).
Quando fazemos isso, é um caminho inevitável: o que antes precisava de 3 eixos centrais, agora se sustenta em um único. No entanto, assim como um carro precisa de suas 4 rodas para ter estabilidade, todo e qualquer ensino de Deus é perfeitamente descrito e aplicável com base nesses 3 princípios da servidão a Deus. O que fazemos? Eliminamos um dele e passamos a “dar um jeitinho” a fim de que tudo funcione de uma maneira satisfatória.
Para que a ideia fique bem clara, um exemplo: nos juntamos a Deus e almejamos uma imensa felicidade em nossos corações, ainda aqui na terra, não imaginamos? Os problemas irão ocorrer, mas você terá bons e agradáveis momentos ao lado daqueles que amam Deus – rumo às coisas do Alto! Mas, o que ocorre com uma pessoa que não tem esses momentos em sua vida em prol de fatores governamentais, culturais, familiares e entre outros? Ela tem estado infeliz ao proclamar Deus ao mundo? De qual felicidade Deus estava falando? Ela gira em torno dos prazeres ou do espírito?
Aqui, deixe-me fazer uma prova por absurdo. “Se uma pessoa crente em Deus não é feliz aqui na terra, ela não compactua do amor de Deus”. Se isso fosse bem verdade, estaríamos anulando a mensagem dita em 2 Cr 12:10, Sl 32: 1-2, Tiago 1:12, Jo 13: 17. Então, baseando-nos apenas no pilar da adoração, estaríamos insinuando que a Palavra de Deus possui inconsistências quando, na verdade, Ela não possui.
Apesar das limitações de nossa psique, as Escrituras provêm ensinamentos duradouros que muitas vezes são negligenciados ou mal interpretados com base em nossa maneira de enxergar Deus e o mundo. É preciso parar de olhar o mundo pela janela do comodismo de nossa intelectualidade. Precisamos enfrentar o mundo com nossos próprios olhos! Que tenhamos um coração limpo e disposto sempre a refletir quando algo nos indaga, baseando-se na Bíblia.