Condenado à morte sem julgamento

Condenado à Morte Sem Julgamento!

Mas… que crime eu cometi?

Pois, se ainda, nem nasci!

Para ser á morte, condenado,

E, cobardemente serei executado!

Fruto impensado dum amor

Agora, encarado com rancor!

Por meus pais, sentenciado,

Por um abortador exterminado!

Fui gerado, num acto de prazer

Mas de mim, vão-se desfazer!

Para, não se sacrificarem,

E, sua hipocrisia, lavarem!

Considerado réu, indesejável,

Para alguns; a atitude é louvável!

Porque, os dos direitos humanos,

Que se julgam bons fulanos!

Permitem estes crimes indecentes,

Pais, matarem os inocentes!

Se existem, modos de me evitarem,

Pensem bem, em os usarem!

Eu, não seria então, gerado,

Para, desde o ventre, ser condenado!

Se ao menos fosse criminoso,

Estivesse, no mundo pecaminoso!

Teria um julgamento imparcial,

Num qualquer tribunal!

Presidido, por respeitoso juiz,

Verdade; que é a lei que o diz!

Com direito, a ilustre advogado,

Seria um caso, bem julgado!

Mas...serem os próprios pais,

Com ares, muito senhoriais!

Que me entregam, ao executor,

Seja um curioso, ou um doutor!

Autorizados, por leis civilizadas,

As vidas embrionárias, ceifadas!

Só, para esconder um pecado,

Talvez alguns, terem adulterado!

Num fugaz, momento de prazer,

Ou, para algum favor obter!

Nem posso, meus direitos ter,

Pela razão de não nascer!

Mas, sou vida, em gestação,

Exijo justiça; não compaixão!

Não matem, mais inocentes,

Humanidade, sejam decentes!

Usem os anti-concepcionais

Ensinem isso, a amantes e pais!

J. Rodrigues 27/04/07

isto é o meu protesto contra este crime, que também é condenado por Deus

Galeano
Enviado por Galeano em 20/10/2018
Código do texto: T6481533
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.