Exemplo que vem de Deus – Capítulo II
O que nós cabe, frente ao erro, é a escolha de dois estados internos que comandam nossa vida. Só há duas possibilidades para nossa vida interior, para nossa mente e alma: ou estamos em Estado de Sofrimento, ou estamos em Estado de Não Sofrimento, ou Estado de Graça.
O Estado de Sofrimento é quando inconscientemente decidimos nos conectar com nossas energias mais negativas, pessimistas, fatos e memórias ruins, fracassos, rejeição, o Eu e o ego. É o estado da separação e do individualismo, um estado narcísico em que vemos nossa vida como algo terrível e fechamos os olhos para tudo e todos à nossa volta, pois só conseguimos enxergar como somos terrivelmente sem sorte. Isso não ocorria com o pai. Já com filho pródigo sim.
Esta provada pela neurociência de que o Estado de Sofrimento não é um acontecimento ao acaso, mas sim uma escolha mental, inconsciente, que vamos alimentando ao longo da vida.
Já o Estado de Graça é uma escolha inconsciente, mas pode se tornar consciente, uma prática, um hábito. É possível, mesmo que tenhamos escolhido viver os últimos anos em Estado de Sofrimento, passarmos a viver em Estado de Graça e de florescimento interior.
No Estado de Sofrimento, escolhemos: Energia e memórias de sofrimento Narcisismo Foco no problema Maximização do problema Potencialização das perdas Perseguição Baixa autoestima Estagnação.
No Estado de Graça, escolhemos: Energia e memórias de superação Empatia Foco nas soluções Estima por nós mesmos Agir para mudar Resiliência Olhar para nossa luz Ressignificação.
A felicidade e a evolução exigem que nos libertemos do Estado de Sofrimento. E como fazer isso? Por meio do perdão. O perdão é o que garante a nossa passagem de um estado a outro. O perdão é o passaporte para o Estado de Graça. E o perdão é, sobretudo, uma decisão interna de se desconectar do Estado de Sofrimento. É a libertação e o caminho da felicidade. O pai na parábola do filho prodigo teve atitude generosa, não fez critica, não foi arrogante, não passou na cara do filho, pelo contrario foi viver uma vida nova, ou seja, Tudo que está relacionado ao Estado de Sofrimento pode ser rompido com o perdão.
Não podemos ser nossos julgadores e nossos próprios juízes. Deixe Deus agir na sua vida. O verdadeiro cristão em sua essência tem o poder de exercer poderosa influência na sua família e na sociedade.
Por último, Julgamos que qualquer ato de reaproximação de quem nos fez mal pode ser tomado como fraqueza e desejamos ser mais fortes que quem nos magoou. Sem liberar o perdão, sincero e fraterno, a quem nos fez mal, estaremos sempre reféns da raiva e da solidão.
Jorge Guimarães
Coach em Gestão de Emoções