Não adiante seu fim
As vezes você se encontra em uma encruzilhada. A sua aventura parece estar perdida, tomado uma guilhotinada. Sua vontade de persistir evapora, aquela visão sólida se liquefaz e seu ser se perde. O vazio toma o espaço, vozes de corrupção se formam, o preencher negativo se torna necessário para dessolar o sentimento de falta, mesmo que te arraste para baixo, pois o importante é se manter em movimento, você pensa. E lhe são trocada as palavras de "não" para "sempre" no filosofar "pode piorar".
O desistir parece a única solução, e lhe são tapadas as outras opções. Saudade de um tempo bate, te arrastando ainda mais para se tornar parte do passado. Construção parece não ser mais possível, mas você empilha tijolos de sofrimento em terreno verde e fértil, fazendo nascer um sistema que despreze todo o resto. A vida se torna fútil, pois o caminho mais prestigiado de sucesso provou-se não ser o seu caminho de sucesso. A culpa parece ser sua, mas são daqueles que te privam de saber que existem outras linhas que "vão para cima".
A competição é real, mas não precisava ser desleal. Engolir os outros é o reflexo do pecado da gula, que faz nascer sua filha, Luxúria, e padecer a cria da vida. A corrida é constante, passando o canudo para a que sair da gestante, seja ela quem for, pois o sonho não pode morrer. E isso faz aquela tio aparecer, Egoismo, tirando a liberdade deles próprios se conhecerem. O seu sobrinho, Avareza, lhe sopra na orelha condutas de afastar e desconfiar, tornando a competição pior do que seja.
A humanidade prega compaixão, mas pratica solidão. Construiu sociedades, e preserva o individualismo. Disfarça o concordar para um único se exaltar. Reclama sobre respeitar, mas se limitam aos que se refletem em pensar. Se encontra perdida, e somente você que percebe é que pode interromper. Seu desistir pode, sim, fazer alguém avistar essas mudanças, entretanto, somente seu sobressair vai ser a prova de que há esperanças. Viva!