O meu diário 96, 97 e 98
Rio Verde, 13 de novembro de 1996 – Quarta-feira
Acordei eram quase 06:00; fui no banheiro escovei os dentes e lavei o rosto. O Carioca voltou a trazer os pães, doação de empresa particular; ficou só um dia sem trazer. A Prefeitura não quis mais fornecer. Os funcionários alegam que a Prefeitura está em crise financeira, com as contas bloqueadas. Até a comida dos presos foi cortada. Tomei café e comi dois pãezinhos franceses com margarina. Ontem à noite a minha irmã Deusa me ligou, disse-me que o nosso pai já começou a construção de um cômodo no Jardim Tancredo Neves em Goiânia e quer falar comigo. Disse a ela que na sexta-feira irei para Goiânia. 08:00 deixei o serviço. Quando tem alguma ocorrência eu espero o delegado chegar para relatar. Na república tomei um banho quente. De carro desci para o meu setor de recenseamento. Na volta por volta das 16:00 passei na pensão Teixeira e combinei com o filho da dona em pegar um marmitex mensalmente uma vez por dia. Por ser conhecido, porque antes o restaurante servia comida para os policiais civis, ele fez para mim por 2,50 reais, 50 centavos a menos que o normal. Creio que vou gastar uns 70 reais com comida, mas será melhor do que comer na república e ter que ajudar a fazer. Este mês tive um prejuízo na minha conta corrente de 105 reais. Minha meta agora é controlar os meus gastos. Mas, tem coisas que não podemos controlar.
(Do meu livro O meu diário 96, 97 e 98, memórias, em revisão)