WILSON GRAY
Raríssimos amigos meus sabem que sou fã do ator brasileiro Wilson Grey. Eu falo, e escrevo, sobre John Wayne, Ben Johnson, Ava Gardner, Bette Davis, e alguns coadjuvantes fordianos, mas nunca falo nada sobre Grey. Esses dias andei fazendo um trabalho de colagem com fotos de astros de cinema, e pelejei para botar uma fotografia dele, mas a procura foi em vão. Há pouco encontrei, sem querer, o envelope com o que tenho sobre esse que, para mim, é o maior ator brasileiro de todos os tempos. E quem quiser pode mangar de mim. Eu gosto, pronto e acabou-se! No site IMDb encontrei dizendo o seguinte: "A rarity among Brazilian actors, Grey hardly ever appeared on a TV series or soap-operas. His career consisted mostly of films (more than 100)." Sim, meus amigos, esse ator simples, sem ter cara de galã - e sem pretensão de sê-lo - fez 197 filmes. Curiosamente, ao contrário do que pensava, ele fez mais filmes que John Wayne, famoso ator norte-americana. Começou em 1952 com "Carnaval Atlântida", de José Carlos Burle e Carlos Manga. E seu último trabalho foi em 1991, no filme "Vai Trabalhar, Vagabundo - II", de Hugo Carvana. Eu sempre gostei dele fazendo papel de vilão. Pense num cabra ruim!? Wilson Chaves, seu nome de batismo, nasceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no dia 10 de dezembro de 1923. Faleceu, aos 69 anos, no dia 03 de outubro de 1993 - na mesma cidade onde havia nascido. Em sua carreira, Wilson Grey ganhou quatro prêmios de Melhor Ator. Os filmes foram "O Segredo da Múmia (1982) e "A Dança dos Bonecos" (1986). Na televisão Grey apareceu em alguns episódios de Os Trapalhões. Também ao lado de Chico Anysio, fazendo o malandro "Linguiça", parceiro do metido a esperto "Azambuja". Sensacional!
[Chico Potengy].
Texto de 7 de setembro de 2019.