A incoerência do raciocínio do imigrante
Na década de oitenta passei alguns anos na Europa, a trabalho e estudando. Minha base era em Liverpool. Sou um típico latino. As hostilidades por nativos eram pontuais e típicas de pessoas ressentidas. Isso acontece ao redor do mundo.
Interessante era ter que escutar doutrinação de revanche à colonização britânica de filhos de imigrantes asiáticos. Alguns se tornaram lideres da administração pública, chegando a primeiro ministro da Inglaterra, Gales e Escócia.
Cero dia questionei, num happy-hour, se era coerentemente moral apoiar o extremismo que eles professoravam contra o país que acolheu seus parentes, os quais fugiram da vida miserável em seus países de origem.
Refutaram-me marxistamente atacando os meus amigos ingleses e a minha noiva. Em suma, fazem uma cortina de fumaça ao irracionalismo ideológico deles, atacando a reputação de quem os questiona.
Me lembro bem desse dia. Foi abril de 1984. Um membro da embaixada da Líbia atirou numa multidão que fazia um protesto anti-Kadafi, matando uma policial que estava ali protegendo a embaixada. Vejam bem, quem atirou não foi o líbio, foi um consciente indivíduo. E nesse happy-hour não estava se discutindo a morte de uma mulher, mas a imunidade diplomática do atirador.
Em Las Vegas fui insultado por um servente de lanchonete de origem latino-americana porque tinha pedido que limpasse a mesa. Entendi perfeitamente em espanhol que eu não devia me julgar melhor que ele. No dia da partida, antes do check-out fui pegar as malas no depósito. Um imenso negro as trouxe.
Eu tinha algumas moedas que não poderiam ser cambiadas e ofereci ao sujeito. Fomos agraciados com um reluzente sorriso e um vibrante "thank you, sir!"
Pensei que fosse um imigrante e perguntei d'onde ele era. "Born and breed in Flagstad, Nevada, sir!" Nascido e criado em Nevada.
Os aloprados klukuklanianos atacaram imigrantes refugiados na Inglaterra recentemente, pois foram levados pela mídia, financiada por especuladores do capital selvagem, ao divulgarem o nome árabe do atacante, como se ele fosse um desses. refugiados, desconhecendo ser ele mais um filhote do terrorismo doméstico.
Essa mesma mídia, em caráter global, deu maior ênfase ao extremismo de aloprados belicosos, sutilmente ofendendo os conservadores ao esconder a selvageria de um matador de crianças.