Não Há Vagas
O preço do feijão não cabe na canção;
O preço do arroz não cabe na canção;
Não cabem na canção, a luz, o telefone,
A sonegação do leite e do pão;
Por que a canção está fechada.
Não há vagas! Não há vagas!
Os baixos funcionários não cabem na canção;
Com seus baixos salários e a volta da inflação;
Nem os operários que buscam o carvão;
Ou quem trabalha o aço não cabe na canção;
Por que a canção está fechada.
Não há vagas! Não há vagas!!!
(baseado no texto homônimo de Ferreira Goulart)