O celular.
Se pelo menos o meu celular tocasse
E um trote alguem me passase
Eu saberia que no mundo teria mais alguem
Onde esta agora aquela doce mulher
Que o coração procura e a alma quer
E só perto dela que eu me sinto bem.
O celular na minha frente silencioso
O coração no peito pulando ancioso
Pensando na distancia que me separa dela
É tudo em vão tanta tecnologia
Só amanhã quando ela ler a minha poesia
É que vai saber que eu esperei por ela.
O silencio invadiu e alojou nessa sala
Somente a caneta e o papel que fala
Pois escrever agora é a unica saida
Como homem da caverna sem nenhum recurso
Olhando a vida que vai seguindo o seu curso
Aqui esperando e ela não voltou ainda.
Quase em desepero saio na janela e torno voltar
Abrindo e fechando o meu celular
Em ligar pra ela eu penso seriamente
Olhando o relógio nas horas avançadas
A chuva caindo em plena madrugada
Não quero causar a ela nenhum incoveniente.
Quero que ela durma como dorme um anjo
Sufocando o choro disfarço e me arranjo
Afinal de contas tudo tem um preço
Sem que muito em breve o dia amanhece
Então toca o celular e eis que ela aparece
E ai eu digo pra ela que eu nunca lhe esqueço.