DESCRENÇA
Só por nada mais dar certo nesta vida doentia;
Vivo com essa descrença em todo o meu dia-a-dia;
Talvez falta de vontade, talvez muita histeria,
Talvez falto com a verdade por ter só melâncolia.
Essa vida sedentária, esse olhar senil e pétrio,
Esse ar na sua cara, o seu jeito abjeto.
Nada p'ra compreender, nem respostas a dizer,
Só motivos p'ra perder a fé em tudo que se crê.
Eu não creio mais em nada, já não amo mais ninguém,
Tenho a vida empenhada, já não quero ser alguém,
Só por nada mais dar certo nesta vida doentia
Há motivos p'ra perder a fé em tudo que se crê.
Só por nada mais dar certo nesta vida doentia
Vivo com essa descrença em todo o meu dia-a-dia
Só por falta de vontade talvez muita histeria
Há motivos p'ra perder a fé em tudo que se crê.