Tô piano um canto
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Mas todo ano vem aqui o sabiá
Fazer seu ninho no galho da aroeira
Justinho quando
Eu penso isso vai sará
Essa ferida vem doer a noite inteira
Auê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Ai essa mulher,
seu beiço sabe a jambo a mel
E no corpo vira as chaves lá do céu
Canto seu mais claro
Fonte olho dágua cá
Té um dia criou asa
E quis voar
Mas todo ano vem aqui o sabiá
Fazer seu ninho no galho da aroeira
Justinho quando
Eu penso isso vai sará
Essa ferida vem doer a noite inteira
Auê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Ai lua cresce lua míngua
É flor que vai e vem
Dessas marcas não há de escapar ninguém
Tô piano um canto na aroeira cristalino
Vem janeiro é outro abraço do destino
Mas todo ano vem aqui o sabiá
Fazer seu ninho no galho da aroeira
Justinho quando
Eu penso isso vai sará
Essa ferida vem doer a noite inteira
Auê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê, lauê, lauê, laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
Lauê, lauê laiá lauê laiá
(Reinaldo "Rohr" Pereira e William Santiago)