APOCALIPSE
Tempos estranhos demais
Modernidade
É tudo que o mundo queria
Eu só queria um pouco de paz
E que a solidão se extinguisse
Pessoas não são o mundo
O mundo está só, infestado de ratos
O homem, sozinho, destrói sua casa
Mesmo voando sem asas
E ultrapassando os céus
A lucidez é um porre
Ver que o planeta morre e se perde aos poucos
E os seus filhos loucos são os próprios cupins
Que comem a si mesmos, desdenham de afins
E eu?
Eu vou seguindo em frente
Buscando a paz, fugindo da guerra
Plantando o amor, de mãos dadas com Alice
Tentando afastar, tentando mudar
As ruínas, o fim... pelo apocalipse.
Valente - BA, 20 de agosto de 2020.