CANTO DO REMANSO
Fora de casa a minha é esse canto,
Dentro do manto, não me escondo
quero andar.
Na vida afora, respirando o pó da estrada,
remanso velho sem demora
eu chego lá,
chego lá, chego lá
chego lá, chego lá...
I a ô foi no canto que eu vi.
I a ô a vida como deve ser.
Inda hoje, quando vou subir o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Inda hoje, quando vou subir o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Voa faísca que o trenzinho vai passando
levando vida pra esse povo sofredor
o teu apito soa forte no meu peito
e eu não sei com que direito
você foi e não voltou,
não voltou, não voltou,
não voltou, não voltou...
I a ô foi no canto que eu vi.
I a ô vida como deve ser.
Inda hoje, quando vou descer o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Inda hoje, quando vou descer o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Mas como tudo que é bom acaba cedo
Chega o progresso, bicho mau, devorador
e como alma do outro mundo espalha o medo
leva o meu sonho, minha vida e o meu amor,
meu amor, meu amor,
meu amor, meu amor...
I a ô foi no canto que eu vi.
I a ô vida como deve ser.
Inda hoje, quando subo ou desço o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Inda hoje, quando subo ou desço o morro,
Vejo o canto do remanso
e a saudade vem doer.
Letra de EDU FILHO (Edinho), música de Wanderil Santos com arranjos de Emílio Carlos e Augusto Ângelo